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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Santa Paula Romana

O paganismo do esposo não interferiu na vivência cristã, nem na educação dos filhos


Horizonte, 26 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Mesmo que todos os membros de meu corpo se transformassem em línguas e tomassem voz, eu não poderia nada mais dizer que fosse digno das virtudes da santa e venerável Paula”, dizia São Jerónimo sobre Paula de Roma que nasceu no dia 05 de maio de 347 em Roma. Filha de Blesilla e Rogatus, sua família pertencia à nobreza e a mesma cresceu e foi educada no vigor dos princípios cristãos.

Aos dezasseis anos foi dada em casamento a Júlio Toxocio, membro da família do imperador Júlio César. Ele era pagão e com Paula, teve cinco filhos. O paganismo do esposo não interferiu na vivência cristã e Paula, nem na educação dos filhos. Porém, no ano 379, Júlio faleceu. Paula decidiu consagrar sua vida a Deus e aos cuidados de seus filhos. Descobriu então que havia uma sociedade formada por viúvas e conduzida por Santa Marcela que se dedicavam às boas obras e a vida de piedade e oração.

Aconteceu que no ano 382, o Papa Dâmaso convocou um concílio e Santo Epifânio, São Jerónimo e Paulino, bispo de Antioquia vieram à cidade. Após o concílio, São Jerónimo ficou a pedido do Papa para ser seu secretário. Iniciaram então as chamadas “reuniões de Aventino” nas quais Jerónimo dava aulas de teologia e estudos aprofundados da Palavra. Paula, seus filhos e suas amigas participavam e dedicavam-se piedosamente aos ensinos e estudos. Dela, o próprio São Jerónimo falava: “não era possível encontrar espírito mais dócil que o de Paula”. Certo tempo depois, devido às perseguições, Paula foi com sua filha Eustóquia, para uma peregrinação na Palestina e conhecendo a cidade de Belém, decidiu lá fixar residência.

Foi responsável pela construção de um hospital e uma casa de acolhimento aos peregrinos, bem como de dois mosteiros próximo à Igreja da Natividade. Um deles masculino que ficou sob a condução de São Jerónimo e outro feminino que ela ficou a frente.  Dedicaram-se de tal forma aos pobres e necessitados que São Jerónimo assim definia: “Que coisa mais admirável a virtude desta mulher, opulenta antigamente e hoje reduzida à última indigência!”

Paula faleceu no dia 26 de Janeiro do ano 404 em Belém e foi sepultada na Igreja da Natividade. A Igreja confirmou sua memória para o dia de sua morte.

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