A graça de Deus levou Jacinta a uma radical opção pela santidade que iluminou sua época
Horizonte, 30 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Contanto que deixe esses vãos adornos, essas vestimentas sumptuosas, e se torne humilde, piedosa, esqueça o mundo e pense só nas
coisas do Céu”, exortou Pe. Antônio Biochetti e por meio destas palavras
converteu-se a jovem Clarice de Mariscotti, filha do príncipe
Mariscotti Marcantonio e da condessa Ottavia Orsini. Sua família
pertencia a nobre aristocracia romana e tinham quatro filhos que foram
educados nos sólidos fundamentos cristãos.
Clarice nasceu no dia 16 de Março de 1585 em Viterbo e desde cedo
os pais a confiaram aos cuidados de religiosas franciscanas no Convento
de São Bernardino junto com sua irmã mais velha. Mas Clarice não queria
aderir a vida religiosa, sentindo-se atraída pelas pompas e riquezas
próprias de sua condição. Lançou-se então em uma vida de futilidades,
luxos e vaidades, porém não conseguia casar-se e findou, por insistência
da família, retornando a um convento, agora da Ordem Franciscana
Secular. Adoptou de contragosto o hábito e mudou o nome para Jacinta.
Ainda assim, não abandonou os hábitos mundanos, sendo capaz de usar
roupas luxuosas e decorando sua cela com adornos riquíssimos.
Alguns anos depois, Jacinta foi acometida de grave doença e o Padre
Antônio Biochetti, recusou-se a lhe atender a confissão devido a sua
luxuosa condição. Ao que ela perguntou: "Então não há mais salvação para
mim?" O padre lhe respondeu que sim, mas sob a condição: “Contanto que
deixe esses vãos adornos, essas vestimentas sumptuosas, e se torne
humilde, piedosa, esqueça o mundo e pense só nas coisas do Céu”. Tomou
posse então da graça e profundamente arrependida, pediu perdão às
religiosas e fez o compromisso de buscar radicalmente a santidade. Foi
eleita posteriormente, mestra de noviças e superiora do convento.
Conversões, ajuda aos pobres e o profundo zelo com a ordem religiosa
marcaram a vida de Jacinta que escreveu diversas cartas e sob sua
condução foram fundados diversos mosteiros, orfanatos e asilos. Veio a
falecer no dia 30 de Janeiro de 1640 em Viterbo. Foi beatificada em 1º
de Setembro de 1762 pelo Papa Bento XIII e canonizada em 24 de Maio de
1807 pelo Papa Pio VII.
(30 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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