Análise sobre a falta de fé como causa de nulidade
São Paulo, 30 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Edson Sampel
Na abertura do ano judiciário, no dia 23 de Janeiro de 2015,
o papa Francisco, dirigindo-se aos auditores (juízes) do Tribunal
Apostólico da Rota Romana, lamentou a “mundanidade espiritual” que afecta
as relações conjugais. De facto, tal estado de ânimo corrói mesmo o matrimónio in radice, no âmago, tornando inválido o sacramento.
Francisco exorta os tribunais eclesiásticos a que nos casos concretos (sub judice)
levem em conta o “contexto de valores e de fé ou sua carência e
ausência” que envolve os nubentes. Com efeito, o discurso do papa
reinante segue estritamente a lição dada por Bento XVI que, em 26 de Janeiro de 2013, inculcava a ideia da imperiosidade da fé dos cônjuges
para a validez do matrimónio. A propósito, naquela ocasião, eu escrevi
um artigo sobre a falta de fé como causa de nulidade (http://www.zenit.org/pt/articles/a-falta-carencia-de-fe-uma-nova-causa-de-nulidade-de-casamento).
Um ponto enfatizado por Francisco diz respeito à instrução Dignitas Connubi,
a qual é um recurso bastante eficiente na efectividade e celeridade do
processo canónico. Explicou o bispo de Roma: “É útil recordar quanto
prescreve a instrução Dignitas Connubi, no artigo 113 (...)
acerca da necessária presença em cada tribunal eclesiástico de pessoas
competentes a prestar conselho solícito (...)”
O papa Francisco termina o discurso, confidenciando uma esperança que
ele acalenta no coração. Exclamou o sucessor de são Pedro: “Os
sacramentos são gratuitos. Os sacramentos dão-nos a graça. E um processo
matrimonial diz respeito ao sacramento do matrimónio. Como gostaria que
todos os processos fossem gratuitos!”
(30 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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