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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Aberto processo de beatificação de Chiara Lubich

Uma multidão esteve presente na catedral de Frascati para a Primeira Sessio. "Acendeu para a Igreja uma nova luz sobre o caminho para a unidade", diz Papa Francisco


Roma, 28 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)


Uma catedral repleta e mais de 18.000 mil acessos simultâneos em streaming provenientes dos cinco continentes. Detalhes que ilustram a abertura do processo de beatificação e canonização de Chiara Lubich, presidida por Dom Raffaello Martinelli bispo da Diocese de Frascati, na Itália. A notícia repercutiu nos meios de comunicação, confirmando um conceito caro no pensamento e na mística da fundadora do Movimento dos Focolares: "Eis a grande atracção dos tempos modernos: penetrar na mais alta contemplação e permanecer misturado com todos, homem ao lado do homem”.

O Papa Francisco se fez presente através de uma mensagem assinada pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, lida pelo cardeal Tarcisio Bertone, que participou da cerimónia. O Pontífice recordou que "o luminoso exemplo de vida da fundadora do Movimento dos Focolares" àqueles que "conservam a preciosa herança espiritual". Ele “invoca abundantes dons sobre aqueles que estão comprometidos na postulação e exorta a dar a conhecer ao povo de Deus a vida e obra de alguém que, acolhendo o convite do Senhor, acendeu para a Igreja uma nova luz para o caminho da unidade”.

Entre os participantes estavam vários cardeais, arcebispos e bispos. Numerosos representantes de movimentos e associações, católicos e ortodoxos. Presentes também muçulmanos e budistas. De Trento, cidade natal de Lubich, representantes de instituições civis, bem como de Frascati, Rocca di Papa e dos municípios vizinhos. A cerimónia começou às 16 horas com a recitação das vésperas e prosseguiu com a sessão de abertura do processo diocesano.

Dom Raffaello Martinelli descreveu o ato na catedral como motivo para "dar glória e louvor a Deus, nosso Pai, pois através de seus filhos e filhas faz brilhar a sua glória. Trata-se de um serviço que prestamos à Igreja para que ela ofereça ao mundo um testemunho de fé, esperança e amor através da vida de uma de suas filhas”.

Destacando que a tarefa não é fácil e deve ser feita com “serenidade e objectividade”, Dom Martinelli concluiu augurando que o caminho iniciado "resplandeça mais e mais a glória do Senhor, da qual Ele quis tornar partícipe essa sua, nossa Serva de Deus".

Na conclusão da celebração a presidente do Movimento dos Focolares, Maria Voce, sublinhou o dom que Chiara Lubich foi para muitos. “O seu olhar e o seu coração eram movidos por um amor universal, capaz de abraçar todos os homens para além de qualquer diferença, sempre voltado a realizar o testamento de Jesus: ‘Que todos sejam um’”.

Será D. Angelo Amati, delegado episcopal, que conduzirá esta fase de inquisição diocesana, coadjuvado pelo Pe. Emmanuel Fawe Kazah, nigeriano, como promotor de justiça e pela escrivã Patrizia Sabatini, que nos meses precedentes trabalhou na recolha de cerca 50 testemunhos, a fim de evitar que se perdessem aqueles de quem “permitiu, desde o primeiro momento, testemunhar a beleza e a possibilidade de percorrer juntos, em unidade, o caminho rumo à única meta”, como explicitou Maria Voce ao recordar os primeiros companheiros e companheiras de Chiara, alguns dos quais presentes na cerimónia (lê-se em matéria publicada no site do Movimento).

A postulação, nomeada pela presidente dos Focolares é formada pelo postulador, Pe. Silvestre Marques, português, e pelos vice-postuladores, a italiana Lucia Abignente e Waldery Hilgeman, holandês. O tribunal estabeleceu a sessão sucessiva para o dia 12 de Fevereiro próximo, para escutar o depoimento de Maria Voce, a primeira de um elenco de cerca 100 nomes.

Edição: MEM

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