Uma multidão esteve presente na catedral de Frascati para a Primeira Sessio. "Acendeu para a Igreja uma nova luz sobre o caminho para a unidade", diz Papa Francisco
Roma, 28 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
Uma catedral repleta e mais de 18.000 mil acessos
simultâneos em streaming provenientes dos cinco continentes. Detalhes
que ilustram a abertura do processo de beatificação e canonização de
Chiara Lubich, presidida por Dom Raffaello Martinelli bispo da Diocese
de Frascati, na Itália. A notícia repercutiu nos meios de comunicação,
confirmando um conceito caro no pensamento e na mística da fundadora do
Movimento dos Focolares: "Eis a grande atracção dos tempos modernos:
penetrar na mais alta contemplação e permanecer misturado com todos,
homem ao lado do homem”.
O Papa Francisco se fez presente através de uma mensagem assinada
pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, lida pelo cardeal
Tarcisio Bertone, que participou da cerimónia. O Pontífice recordou que
"o luminoso exemplo de vida da fundadora do Movimento dos Focolares"
àqueles que "conservam a preciosa herança espiritual". Ele “invoca
abundantes dons sobre aqueles que estão comprometidos na postulação e
exorta a dar a conhecer ao povo de Deus a vida e obra de alguém que,
acolhendo o convite do Senhor, acendeu para a Igreja uma nova luz para o
caminho da unidade”.
Entre os participantes estavam vários cardeais, arcebispos e bispos.
Numerosos representantes de movimentos e associações, católicos e
ortodoxos. Presentes também muçulmanos e budistas. De Trento, cidade
natal de Lubich, representantes de instituições civis, bem como de
Frascati, Rocca di Papa e dos municípios vizinhos. A cerimónia começou
às 16 horas com a recitação das vésperas e prosseguiu com a sessão de
abertura do processo diocesano.
Dom Raffaello Martinelli descreveu o ato na catedral como motivo para
"dar glória e louvor a Deus, nosso Pai, pois através de seus filhos e
filhas faz brilhar a sua glória. Trata-se de um serviço que prestamos à
Igreja para que ela ofereça ao mundo um testemunho de fé, esperança e
amor através da vida de uma de suas filhas”.
Destacando que a tarefa não é fácil e deve ser feita com “serenidade e
objectividade”, Dom Martinelli concluiu augurando que o caminho iniciado
"resplandeça mais e mais a glória do Senhor, da qual Ele quis tornar
partícipe essa sua, nossa Serva de Deus".
Na conclusão da celebração a presidente do Movimento dos Focolares,
Maria Voce, sublinhou o dom que Chiara Lubich foi para muitos. “O seu
olhar e o seu coração eram movidos por um amor universal, capaz de
abraçar todos os homens para além de qualquer diferença, sempre voltado a
realizar o testamento de Jesus: ‘Que todos sejam um’”.
Será D. Angelo Amati, delegado episcopal, que conduzirá esta fase de
inquisição diocesana, coadjuvado pelo Pe. Emmanuel Fawe Kazah,
nigeriano, como promotor de justiça e pela escrivã Patrizia Sabatini,
que nos meses precedentes trabalhou na recolha de cerca 50 testemunhos, a
fim de evitar que se perdessem aqueles de quem “permitiu, desde o
primeiro momento, testemunhar a beleza e a possibilidade de percorrer
juntos, em unidade, o caminho rumo à única meta”, como explicitou Maria
Voce ao recordar os primeiros companheiros e companheiras de Chiara,
alguns dos quais presentes na cerimónia (lê-se em matéria publicada no
site do Movimento).
A postulação, nomeada pela presidente dos Focolares é formada pelo
postulador, Pe. Silvestre Marques, português, e pelos vice-postuladores,
a italiana Lucia Abignente e Waldery Hilgeman, holandês. O tribunal
estabeleceu a sessão sucessiva para o dia 12 de Fevereiro próximo, para
escutar o depoimento de Maria Voce, a primeira de um elenco de cerca 100
nomes.
Edição: MEM
(28 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário