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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Fazer a vontade de Deus faz-nos ser parte da família de Jesus

Na homilia em Santa Marta, o Papa convida a rezar diariamente para que o Senhor nos dê a graça de compreender e fazer a sua vontade


Roma, 27 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Federico Cenci


Rezar e pedir a Deus todos os dias a graça de entender e fazer a sua vontade, para "ser parte da família de Jesus". Este foi o ensinamento que o Papa Francisco ofereceu esta manhã durante a sua homilia na Casa Santa Marta, inspirado na liturgia de hoje.

São Paulo fala da Lei antes da vinda de Cristo, das ofertas de touros e cabras, "antigos sacrifícios" que não tinham a "força" de "perdoar os pecados" e nem de fazer "justiça". É por esta razão que Cristo vem ao mundo. Ele, com sua subida à Cruz, ato que "de uma vez por todas nos justificou" -disse o Papa- demonstrou qual é o "sacrifício" que mais agrada a Deus. Ele ‘suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo’ (Heb 10, 9), oferta a própria vontade para fazer a vontade do Pai.

É um modelo de santidade à qual todos devemos aspirar. A "obediência à vontade de Deus - disse o Papa - é o caminho da santidade, do cristão". É a contribuição que podemos dar para garantir que "o plano de Deus seja realizado”, que “a salvação de Deus seja realizada”. O modelo de Jesus resgata o pecado cometido em Génesis. "O contrário teve início no Paraíso, com a desobediência de Adão - recordou Francisco-. E aquela desobediência trouxe mal para toda a humanidade”.

Além disso, de acordo com o Santo Padre, "os pecados são actos de desobediência a Deus", de "não fazer a vontade de Deus". O nosso bem é, ao invés, seguir "esta estrada" ensinado pelo Senhor. Ensinamento cheio de exemplos concretos: o de Jesus, "na vontade de obedecer o Pai", e também o de Maria, que respondeu ao anjo: "que seja feito aquilo que dizes, que seja feita a vontade de Deus”. E com este “sim ao Senhor - disse o Papa - o Senhor deu início ao seu percurso entre nós".

Claro que, fazer a vontade do Pai "não é fácil", como repetido várias vezes pelo Bispo de Roma. Não foi fácil para alguns discípulos, que deixaram Jesus porque não entenderam o que significava "fazer a vontade do Pai". Não foi fácil para o próprio Jesus, que foi tentado no deserto e também no Horto das Oliveiras. E para nós também. Todos os dias, nós experimentamos esta dificuldade. "Todos os dias nos são apresentadas em uma bandeja tantas opções", reflectiu o Papa que, depois, perguntou: “Como faço para fazer a vontade de Deus?".

De outra pergunta pode surgir a resposta para esta questão. Ou seja: "Eu rezo para que o Senhor me dê a vontade de fazer a vontade Dele ou busco acordos porque tenho medo da vontade de Deus?". O Papa convidou depois de ponderar esta questão, a rezar "para fazer a vontade de Deus, e a oração para conhecer a Sua vontade”. E, novamente, com a oração "pela terceira vez: realizá-la. Para realizar a vontade, que não é minha, mas é a Sua."

Três orações inseparáveis, ligadas entre elas, resumido pelo Papa: “rezar para sentir a vontade de seguir a vontade de Deus, rezar para conhecer a vontade de Deus e rezar – uma vez reconhecida – para prosseguir com a vontade de Deus.”
Por fim, Francisco pediu que o Senhor nos dê a graça para que "um dia possa dizer de nós aquilo que disse daquele grupo, daquela multidão que o seguia, daqueles que estavam sentados a seu redor: Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de Deus é para mim irmão, irmã e mãe"(Mc 3, 34-35). Portanto, "fazer a vontade de Deus nos faz ser parte da família de Jesus, nos faz mãe, pai, irmã, irmão".

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