Dados do Observatório de Bioética da Universidade Católica de Valência
Madrid, 20 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
De dois em dois anos, a ONU publica o relatório World
Population Prospect, em que aborda o crescimento da população mundial e
em países individualizados, bem como os índices de fertilidade,
mortalidade e migrações.
Em Julho de 2014, foram publicadas projecções demográficas para
países individuais até o ano de 2100, além de uma projecção do
crescimento demográfico mundial.
A análise mostra que a população mundial pode aumentar dos 7,2 mil milhões actuais para 9,6 mil milhões em 2050 e para 10,9 mil milhões em 2100, o
que indica que o crescimento da população mundial será refreado neste
século.
Os dados contradizem com clareza várias projecções demográficas
anteriores, já que o crescimento será menor do que as Nações Unidas
tinham sugerido em outros relatórios, mesmo com o crescimento
demográfico que ainda se projecta para a África.
Uma das principais consequências dessas mudanças demográficas é que o
índice de pessoas em idade produtiva e de pessoas idosas sem opção de
trabalhar diminuirá substancialmente em todos os países, inclusive
naqueles que, hoje, têm elevada percentagem de população jovem. Este
desequilíbrio populacional pode ser avaliado mediante o índice de
pessoas de 20 a 64 anos dividido pelo número de pessoas de 65 anos ou
mais. No momento actual, o país com índice mais baixo é o Japão, com 2,6.
Na Alemanha é de 2,9, mas deverá diminuir para 1,7 em 2035 e para 1,4
no final do século. Nos Estados Unidos, é hoje de 4,6, mas poderá cair
para 1,9 em 2100. Na China, é de 7,8 e descerá para 1,8 no final do
século. No Brasil é agora de 8,6, mas também diminuirá no ano de 2100
para 1,5. E na Índia, o índice actual de 10,9 diminuirá para 2,3 no fim
do século. O único país do mundo que em 2100 terá um índice acima de 3
será provavelmente a Nigéria, mas a sua diminuição também será muito
grande, já que o índice actual é de 15,8 (Science 346; 2034-2037, 2014).
As mudanças demográficas aqui comentadas, especialmente no tocante ao
envelhecimento da população mundial, implicarão sérios problemas
sociológicos, entre os quais a dificuldade de manter o pagamento das
aposentadorias em sociedades tão envelhecidas.
(20 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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