D. António Vitalino fala na necessidade de encontrar respostas pastorais sem alterar doutrina
“Com o D. João Marcos (bispo coadjutor) estamos a tentar reformular algumas perguntas e ver aquelas que são mais prioritárias, não tendo medo dos problemas difíceis e lançar isso através das paróquias, dos movimentos”, explicou D. António Vitalino, à Agência ECCLESIA.
O bispo de Beja considera que “nem todas” as 46 perguntas do documento preparatório (lineamenta) para o Sínodo 2015 têm a “mesma aplicação” no Alentejo com um público “muito diferente”.
Nesse sentido, revela que hoje muitas pessoas “não têm uma família regular”, algo que o prelado constata “sobretudo nos sacramentos”, o que motiva a encontrar caminhos “não de nova doutrina” mas procedimentos pastorais para que as “famílias feridas se sintam acolhidas” e que “não estão excluídas” da vida da Igreja.
“Espero ter o apoio do sínodo sobre a família, estou com muita esperança de caminhos novos para encontrar as famílias feridas”, acrescentou à margem do encontro de actualização do clero das dioceses do sul – Beja, Évora e Algarve - com o tema «Que pastores para a Igreja no mundo actual?», que decorreu em Albufeira.
A 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos vai ser dedicada ao tema ‘A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo’, na sequência da reunião extraordinária de Outubro de 2014.
Os prelados portugueses vão realizar a visita ‘ad Limina’ a Roma, de 7 a 12 de setembro, e D. António Vitalino adianta que os relatórios estão a ser preparados a partir das “minutas” das visitas pastorais, “muitos capítulos”, com a ajuda de alguns colaboradores e serviços diocesanos.
“Temos de ir às questões essenciais e com alguma metodologia sugerida por Roma ver a evolução positiva ou negativa na diocese, o primeiro e último ano”, explicou o bispo de Beja que vai apresentar ao Papa e às instituições da Santa Sé dados de 2007 até 2013.
A visita acontece num momento em que a Diocese de Beja vive o terceiro ano do seu sínodo, para “repensar a pastoral de proximidade” sobretudo na área da caridade, sócio-caritativa, “não apenas institucional” mas também na vida dos cristãos e das comunidades.
PR/CB/OC
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