Sua família chegou ao ponto de trancá-lo em um castelo para não seguir sua vocação
Horizonte, 28 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“A profundidade do pensamento de São Tomás de Aquino brota –
nunca o esqueçamos – da sua fé viva e da sua piedade fervorosa”,
descreve o Papa Bento XVI sobre Tomás de Aquino, que nasceu no dia 25 de Janeiro de 1225 em Roccasecca no condado de Aquino na Itália. Filho dos
condes Landulfo de Aquino e Teodora, Tomás foi desde cedo imerso em
vigorosa educação cristã através dos estudos no Mosteiro beneditino de
Montecassino. Após este período, foi enviado no ano de 1239 para a
Universidade de Nápoles para aprofundar seus estudos.
Sob forte objecção de sua família, que chegou ao ponto de trancá-lo
em um castelo para não seguir sua vocação, no ano de 1245, ingressou na
Ordem de São Domingos. Em seguida foi para Paris estudar na Universidade
de Paris e lá conheceu São Alberto Magno que o orientou em seus
estudos. Devido sua personalidade recatada e silenciosa, muitos
desacreditaram de Tomás, ao que São Alberto replicou: "Vocês o chamam de
boi burro, mas em sua doutrina ele produzirá um dia um mugido tal que
será ouvido pelo mundo afora". Tomás leccionou em Colónia e retornou para
Paris onde concluiu seu mestrado após escrever muitas obras dentre as
quais podemos citar a magnífica “Suma Teológica”. Em 1256 foi nomeado
regente em teologia na Universidade de Sorbone. Foi vigoroso seu
apostolado como conselheiro dos Papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório
X.
Apesar de sua notável dedicação teológica e literária, era um homem
de profunda oração, contemplação e penitência. Passava longas horas
adorando a Jesus Eucarístico e em um desses momentos escutou o próprio
Deus a lhe interpelar: “Escreveste bem sobre Mim, Tomás. Que recompensa
queres?” Tomás humildemente respondeu-lhe: “Nada mais que a Vós,
Senhor”. Ao ser convocado para em 1274 para o Concílio de Lion, a pedido
do Para Gregório X, Tomás adoeceu gravemente e faleceu no dia 07 de Março de 1274.
Foi canonizado pelo Papa João XXIII em 18 de Julho de 1323. O Papa
assim o definiu: "Tomás sozinho iluminou a Igreja mais do que todos os
outros doutores. Tantos são os milagres que fez, quantas as questões que
resolveu". No dia 28 de Janeiro de 1567, o Papa São Pio V lhe concedeu o
título de "Doutor da Igreja".
(28 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
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