A Irmã Rani María está em processo de beatificação
O padre Swami abraçou o assassino da irmã Rani María. |
Actualizado 17 de Dezembro de 2014
Rome Reports
Em ocasiões, há histórias tão extraordinárias que são difíceis de explicar. Um exemplo é a desta mãe que abraça o assassino da sua filha.
Um documentário para ilustrar o perdão
Este é o final feliz da história. Para consegui-lo Samundar e a mãe de Rani María percorreram um longo caminho que conta o documentário de 56 minutos No coração do assassino [The heart of the murderer] (ver abaixo o trailer).
"Esta película faz-nos ver que é humanamente possível reagir, acolher um ponto de vista superior e não devolver mal com o mal mas sim dar amor e fazer o milagre de mudar a pessoa que tens diante, que te fez dano”, explica a directora do documentário, Catherine McGilvray.
Uma religiosa querida por todos: "Uma mãe"
Em 25 de Fevereiro de 1995 Samundar assestou mais de cinquenta punhaladas na irmã Rani María. Doente de ódio, estava convencido de que os cristãos eram inimigos dos indianos. Por isso, matou a religiosa Rani, muito querida pelos mais pobres.
"É a nossa mãe”, afirma um deles. "Estava limpando o campo quando alguém veio e nos disse que tinham matado a nossa Rani. Deixei tudo e saí correndo”, recorda outra.
O assassino foi condenado a cadeia perpétua. O padre Swami leu a sua história nos jornais e propôs-se conhecer a sua história. Por isso, o visitou na cadeia.
Libertado do ódio
"A primeira vez que o vi estava cheio de ódio e desesperado porque se sentia enganado pelos demais. Assim se sentia, mas quando o abracei, houve um grande silêncio”, conta o sacerdote: "Disse-lhe que Deus o tinha perdoado e que nós também. Também lhe disse que o aceitava como meu irmão e que estaria com ele toda a vida”.
O padre Swami também tornou possível uma reunião entre a irmã da vítima e o assassino. Mas não foi um encontro qualquer. Na festa hindu do Raksha Bandhan, a irmã teve um gesto com o assassino que os converteu em irmãos.
"Significa que, desde esse momento, Samundar se converteu em irmão como de sangue de Selmy. É um gesto incrível, revolucionário. Ela converte-se em irmã de sangue do homem que matou a sua irmã”, disse McGilvray.
E o padre Swami oferece a explicação teológica desse gesto: "Deus está vivo e supera as nossas capacidades. Há coisas que aos homens nos parecem impossíveis que para Ele são possíveis. Creio-o, creio que Deus está vivo”.
A família da monja assassinada pediu a libertação do assassino. Samundar saiu da prisão em 2006 reconciliado consigo mesmo, com Deus e com a família da sua vítima. A irmã Rani María foi declarada serva de Deus em 2007 e o seu processo de beatificação está em marcha.
Trailer de "O coração do assassino"
Rome Reports
Em ocasiões, há histórias tão extraordinárias que são difíceis de explicar. Um exemplo é a desta mãe que abraça o assassino da sua filha.
Um documentário para ilustrar o perdão
Este é o final feliz da história. Para consegui-lo Samundar e a mãe de Rani María percorreram um longo caminho que conta o documentário de 56 minutos No coração do assassino [The heart of the murderer] (ver abaixo o trailer).
"Esta película faz-nos ver que é humanamente possível reagir, acolher um ponto de vista superior e não devolver mal com o mal mas sim dar amor e fazer o milagre de mudar a pessoa que tens diante, que te fez dano”, explica a directora do documentário, Catherine McGilvray.
Uma religiosa querida por todos: "Uma mãe"
Em 25 de Fevereiro de 1995 Samundar assestou mais de cinquenta punhaladas na irmã Rani María. Doente de ódio, estava convencido de que os cristãos eram inimigos dos indianos. Por isso, matou a religiosa Rani, muito querida pelos mais pobres.
"É a nossa mãe”, afirma um deles. "Estava limpando o campo quando alguém veio e nos disse que tinham matado a nossa Rani. Deixei tudo e saí correndo”, recorda outra.
O assassino foi condenado a cadeia perpétua. O padre Swami leu a sua história nos jornais e propôs-se conhecer a sua história. Por isso, o visitou na cadeia.
Libertado do ódio
"A primeira vez que o vi estava cheio de ódio e desesperado porque se sentia enganado pelos demais. Assim se sentia, mas quando o abracei, houve um grande silêncio”, conta o sacerdote: "Disse-lhe que Deus o tinha perdoado e que nós também. Também lhe disse que o aceitava como meu irmão e que estaria com ele toda a vida”.
O padre Swami também tornou possível uma reunião entre a irmã da vítima e o assassino. Mas não foi um encontro qualquer. Na festa hindu do Raksha Bandhan, a irmã teve um gesto com o assassino que os converteu em irmãos.
"Significa que, desde esse momento, Samundar se converteu em irmão como de sangue de Selmy. É um gesto incrível, revolucionário. Ela converte-se em irmã de sangue do homem que matou a sua irmã”, disse McGilvray.
E o padre Swami oferece a explicação teológica desse gesto: "Deus está vivo e supera as nossas capacidades. Há coisas que aos homens nos parecem impossíveis que para Ele são possíveis. Creio-o, creio que Deus está vivo”.
A família da monja assassinada pediu a libertação do assassino. Samundar saiu da prisão em 2006 reconciliado consigo mesmo, com Deus e com a família da sua vítima. A irmã Rani María foi declarada serva de Deus em 2007 e o seu processo de beatificação está em marcha.
Trailer de "O coração do assassino"
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