Páginas

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Santa Inês

Santa Inês, vencendo a fraqueza da idade e a tirania dos homens, coroou a virgindade com o martírio


Horizonte, 21 de Janeiro de 2015 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros


“Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio” dizia São Jerónimo sobre a jovem Inês que nasceu em Roma por volta do ano 291. Vinda de uma família nobre e cristã, desde cedo recebeu sólida educação cristã e a estes termos tomou a decisão de fazer o voto de castidade tornando-se assim toda de Deus.

Inês era uma jovem de rara beleza e levando em conta também a sua condição de nobreza, recebeu inúmeros convites de casamento sendo Fúlvio, o filho do prefeito de Roma um de seus pretendentes. Foi sob esta situação que descobriram que Inês era cristã e havia feito o voto de castidade. Aos treze anos foi presa e submetida a um interrogatório que se iniciou com as acusações feitas pelo prefeito Semprônio e seus juízes. Inês manteve-se pacificada e firme diante de todas as alocuções proferidas contra ela. Mesmo diante das ameaças de tortura, a jovem não retrocedeu em sua decisão por Cristo.

Forçada a prestar culto aos deuses e a aceitar o filho do prefeito a jovem disse: "Se recusei seu filho, que é um homem vivo, como pode pensar que eu aceite prestar honras a uma estátua que nada significa para mim? Meu esposo não é desta terra". Encolerizado, o juiz ordenou que a jovem fosse levada a uma casa de prostituição e alguns rapazes tentaram tocar Inês, mas foram aplacados por raios que os cegaram. Cumpria-se o desígnio do Senhor ante a oração de Inês: “Jesus Cristo vela sobre a pureza de sua esposa e não permitirá que lh’a roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue. Nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Jesus Cristo”.

Inês foi então sentenciada a ser queimada, mas as chamas da fogueira não a tocaram. Foi então condenada por Aspásio, vice-prefeito a ser decapitada. E assim ocorreu o martírio da jovem no dia 21 de Janeiro do ano 304. Tamanha foi a crueldade de seu martírio e a força de seu testemunho cristão que muitos diziam: "Se essa religião pode motivar uma menina de doze anos de idade, para receber a morte sem medo, ela vale a pena ser conhecida". Inês foi enterrada ao lado da Via Nomentana em Roma e a perseguição imposta pelo imperador Diocleciano foi então aplacada graças ao seu martírio.

Sem comentários:

Enviar um comentário