Bispo copta católico de Gizé também recorda que a verdadeira liberdade é responsável
Madrid, 21 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)
As caricaturas de Maomé publicadas pela revista satírica
francesa Charlie Hebdo são "ofensivas" e os ultrajes devem ser
repudiados "em todos os níveis", declarou o patriarca copta ortodoxo
Tawadros II em desaprovação à escolha de capa dos sobreviventes da
equipe da revista, cuja redacção perdeu 12 membros no ataque terrorista
de 7 de Janeiro.
Depois do massacre, a revista voltou às bancas na última
quarta-feira, 14, com uma capa que mostrava uma caricatura do profeta
Maomé chorando e segurando um cartaz que diz "Je suis Charlie", além do
título "Tout est pardonnè" (Tudo está perdoado).
“Eu rejeito qualquer forma de insulto pessoal e, quando as ofensas
estão relacionadas com as religiões, não podemos aprová-las nem do ponto
de vista humano, nem do moral e social. Elas não ajudam a paz do mundo e
não produzem nenhum benefício”.
O patriarca copta fez estas declarações ao conversar com jornalistas
no contexto da importante visita ao Egipto feita por Abuna Mathias,
patriarca da Igreja ortodoxa etíope.
Por sua vez, o bispo copta católico de Gizé, dom Anba Antonios Aziz
Mina, disse à agência Fides que "as caricaturas são exaltadas como expressão
de liberdade, mas a verdadeira liberdade é sempre responsável. Não
ofende de forma gratuita, não ridiculariza e não fere os outros tocando
em coisas do coração, especialmente em matéria de religião e fé. Talvez
seja bom não dar importância a esses ataques e não ter reacções que
depois são manipuladas e falsificadas como se se tratasse de
obscurantismo. Principalmente porque, para nós, cristãos, a fé é um dom
gratuito de Deus, que Ele dá a quem quer. E quem o recebe não só não
pode impô-lo aos outros, como sequer tem o problema de defendê-lo das
ofensas. Porque é o Senhor mesmo quem defende o dom da fé".
(21 de Janeiro de 2015) © Innovative Media Inc.
in
Sem comentários:
Enviar um comentário