A semente do martírio de Estevão gerou frutos de fé e santidade para a Igreja
Horizonte, 26 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e
grandes sinais entre o povo”, narra os Actos dos Apóstolos sobre Estevão
“o Protomártir”, assim chamado por ser o primeiro mártir da história da
Igreja Católica.
A Tradição não nos aponta dados sobre o início de sua vida, visto
que a primeira menção sobre Estevão é feita nos capítulos 6 e 7 do livro
dos Actos dos Apóstolos apresentando-o como um dos sete diáconos nomeado
pelos Apóstolos. Eis o que a Sagrada Escritura nos apresenta: “Estêvão,
porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o
povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e
dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e
começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e
ao Espírito com que ele falava”. Segundo o historiador Etienne Trocmé,
Estevão fazia parte daqueles que pregavam a Palavra de forma mais
radical e convertiam a muitos como narra a Escritura: “Assim, a palavra
de Deus se espalhava e crescia rapidamente o número de discípulos em
Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé”.
Este apostolado chamou a atenção das autoridades judaicas que
tramando contra Estevão o prenderam e conduziram ao Sinédrio. Foi
julgado e condenado a morte por blasfémia, segundo o relato de falsas
testemunhas, tendo como sentença o apedrejamento.
Após um duro e incisivo discurso diante de seus acusadores, Estevão
foi levado para fora dos muros da cidade e o apedrejaram até a morte.
Antes de morrer Estevão bradava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” e
ajoelhando-se disse: “Senhor, não lhes contes este pecado”. Presume-se
que Paulo, ainda Saulo perseguidor dos cristãos estava presente ao
martírio de Estevão, pois Santo Agostinho narra: “Si Stephanus non
orasset, ecclesia Paulum non haberet”.
Narra os Actos dos Apóstolos que "homens piedosos foram enterrar
Estêvão e lamentaram profundamente por ele". No ano 415, o sacerdote
Lucian teria recebido em sonho a localização dos restos mortais de
Estevão e suas relíquias hoje encontram-se na Igreja de Santo Estevão em
Jerusalém.
(26 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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