Por suas virtudes, perseverança e piedade, Adelaide é reconhecida como modelo de uma perfeita cristã
Horizonte, 16 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Humilde na prosperidade, paciente e conformada na
adversidade, sóbria e modesta no comer e vestir, constante na prática
dos exercícios de piedade, penitência e caridade, era Adelaide o modelo
de uma perfeita cristã”, narra Santo Odilo, abade de Cluny, biógrafo da
jovem princesa Adelaide de Borgonha nascida no ano de 931 e filha do Rei
Rodolfo II e Berta da Suábia. Perdeu seus pais aos seis anos de idade,
mas desde cedo foi inserida na vida cristã e nas virtudes através da
educação recebida.
Adelaide era uma jovem de extrema beleza e aos 16 anos foi recebida
em matrimónio por Lotário, filho do rei da Itália. Foi uma esposa
virtuosa e dedicada, apesar das contrariedades do esposo. Tiveram uma
filha chamada Ema e após três anos Lotário faleceu quando defendia o
trono sob ataque do rei Berengário II que tentava usurpar o trono.
Berengário forçou Adelaide a casar-se com ele, mas diante da recusa
veemente da jovem, mandou prendê-la. Diante da dor da perda repetia
Adelaide a sentença de Jó: “Deus me deu, Deus me tirou; bendito seja
Ele”! Sofreu com confiança e solicitude este tempo de sofrimento e algum
tempo depois, com a ajuda do capelão Martinho conseguiu fugir do
cativeiro e refugiar-se no Castelo de Canossa. Recorreu à ajuda de Otão,
imperador alemão, e este venceu Berengário e sendo também viúvo no ano
951 casou-se com Adelaide que se tornou Imperatriz.
Diante da condição real não se absteve de seus valores e piedosos
feitos. Ajudava os pobres, socorria os doentes e com seus bens pagava as
dívidas de muitos miseráveis que a ela acorriam. Ela intitulava-se:
“Adelaide, por graça de Deus Imperatriz, e por si mesma pobre pecadora e
deficiente serva de Deus". Seu esposo Otão faleceu e Adelaide conduziu
seu filho Otão II pela senda do pai assumindo o trono, mas após casar-se
com Teofânia, esta exigiu que sua mãe fosse banida do reino. Após dois
anos houve a reconciliação de Adelaide e Otão II que faleceu em seguida e
o trono ficou a cargo de Otão III, filho do casal. Teofânia tentaria
ainda contra a vida de Adelaide, mas foi assassinada. Adelaide tornou-se
a Regente do Reino e o administrou com esmero, dedicação e profunda
piedade.
Com a saúde enfraquecida, foi para o Convento de Selz, que ela mesma
fundou, e lá faleceu no dia 16 de Dezembro do ano 999, sendo canonizada
no ano 1097 pelo Papa Urbano II.
(16 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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