Seu martírio outorgou com sangue a liberdade e a paz da Igreja.
Horizonte, 29 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Fabiano Farias de Medeiros
“Era tão casto que, apesar de mil armadilhas que armaram
contra sua pureza, não puderam jamais levá-lo a nenhuma acção desonesta.
Tinha tanto candor e sinceridade, que jamais foi ouvido pronunciar uma
só mentira, mesmo por mera diversão ou lisonja”, narra a Tradição sobre
Tomás Becket, nascido em Cheapside, Londres no dia 21 de Dezembro de
1118. Filho de Gilbert Beket e Gilbert Matilda, Tomás fazia parte da
comitiva de Henrique, futuro rei da Inglaterra, onde foi estudar aos 10
anos.
Terminado os estudos, ficou á disposição do Arcebispo Teobaldo de
Cantuária que o enviou para estudar direito civil e canónico em Bolonha e
Auxerre e ainda lhe confiou diversas missões em Roma. Em 1554, Tomás
foi nomeado Arcediago da Diocese de Canterbury e diante de seu zelo e
eficiência no cumprimento das actividades foi recomendado ao Rei Henrique
II para o cargo de Chanceler o qual recebeu em Janeiro de 1555.
Desempenhou com louvor suas actividades e após a morte de Teobaldo, Tomás
foi nomeado por Henrique II, Arcebispo de Cantuária. Foi ordenado
sacerdote no dia 02 de Junho de 1162 e no dia 03 de Junho foi sagrado
Arcebispo.
O rei Henrique, valendo-se de sua grande amizade com Tomás desejava
com sua nomeação manter o poder do governo em evidência, mas seus planos
foram frustrados, pois Tomás defendeu com extrema firmeza os direitos
da Igreja de Roma e empreendeu grandes esforços para cumprir a missão
evangelizadora da Igreja. Assim narra seus biógrafos: “A partir de sua
elevação ao episcopado, Tomás Becket entregou-se por completo à vida
apostólica”. Henrique começou a persegui-lo e Tomás se refugiou na
Abadia de Pontigny indo depois para o Mosteiro de Santa Columba. No ano
1170, Henrique aceitou, a pedido do Papa e do Rei Luís VII, acolher
novamente Tomás em Canterbury, mas tinha em mente atentar contra sua
vida.
No dia 29 de Dezembro de 1170, Tomás Becket foi à Igreja e lá foi
cercado por assassinos. A eles Tomás disse: “Aqui me tendes. Sou o
arcebispo, mas não traidor”. Foi golpeado várias vezes por espadas e
antes de morrer disse: "Estou disposto a morrer por meu Senhor. Que meu
sangue salve a liberdade da Igreja e a paz". Em 21 de Fevereiro de 1173
foi canonizado pelo Papa Alexandre III.
(29 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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