Solidariedade para com as mais de 130 vítimas assassinadas pelos talibãs em uma escola
Roma, 23 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)
O Natal será comedido e vivido com dignidade e compostura
por todos os cristãos do Paquistão. A data ficará marcada pela oração e
pela solidariedade para com as vítimas do massacre de Peshawar, onde os
talibãs mataram mais de 130 crianças em uma escola do exército.
Muitas igrejas montaram altares com imagens das vítimas e velas
acesas. O arcebispo dom Joseph Coutts, presidente da Conferência
Episcopal, fez um apelo à comunidade cristã para que reflicta sobre a
mensagem de esperança e de paz do Natal.
Em mensagem enviada à Agência Fides, o activista católico dos direitos
humanos Peter Jacob informa que onze paróquias e várias igrejas da
cidade de Lahore decidiram cancelar ou adiar para depois de 1º de Janeiro alguns eventos já programados, como concertos natalícios,
espectáculos e jogos em celebração do Natal.
De acordo com o diácono Shahid Mehraj, da catedral de Lahore, “a
comunidade dos fiéis sente muita dor e preocupação” com a situação, que é
vista como “um ataque ao futuro do Paquistão”. Neste Natal, informa
ele, “dedicaremos uma cerimónia especial de acendimento de velas por
todos os que perderam a vida no atentado”.
“O Natal traz uma mensagem de esperança para o mundo. O nascimento de
Cristo também foi marcado por uma matança de crianças inocentes por
parte do rei Herodes. No contexto deste derramamento de sangue, Cristo
nasce como um símbolo de esperança”, complementa, destacando as
semelhanças com a atual tragédia paquistanesa. “Agora é hora de difundir
a mensagem do amor e da fraternidade no Paquistão”.
Os cristãos recordam que Muhammad Ali Jinnah, o fundador do
Paquistão, nasceu no dia 25 de Dezembro. Por isso, o país também deveria
reflectir sobre a sua visão e sobre o tipo de nação com que Jinnah
sonhou: uma nação unida, aberta, tolerante, pacífica, livre do ódio e da
violência.
(23 de Dezembro de 2014) © Innovative Media Inc.
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