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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Austrália: líderes muçulmanos condenam o sequestro em um café em Sydney

O Grande Mufti e o Conselho Nacional Australiano de Imanes qualificam o acontecimento de claríssimo acto criminoso


Roma, 16 de Dezembro de 2014 (Zenit.org)


O Grande Mufti da Austrália, Ibrahim Abu Mohamed, e os principais líderes islâmicos do país oceânico condenaram ontem o sequestro em um café na região central de Sydney, onde um homem armado manteve dezenas de pessoas reféns.

"O Grande Mufti e o Conselho Nacional Australiana de Imanes condenamos este claríssimo ato criminoso e reiteramos que tais acções são denunciadas em parte e em todo o Islão”, de acordo com um comunicado emitido pelo Mufti e divulgado pela agência EFE.

Por sua parte, o arcebispo de Sydney, Mons. Anthony Fisher encorajou os cidadãos para que o dramático facto não "mine a nossa sensação de segurança" nem coloque uns contra os outros.

Em um comunicado, o prelado australiano disse que seus "pensamentos e orações - e os de toda a comunidade católica - estão com os reféns e suas famílias, e com os nossos agentes de polícia que estão trabalhando para resolver esta situação pacificamente”.

O Arcebispo australiano destacou também que “dois dos maiores atributos da nossa nação são a sua atmosfera de calma e segurança, e a sua história de harmonia entre povos de diferentes etnias, religiosas e de afiliações partidárias”.

O sequestro em Sydney, concluiu Mons. Fisher, "provará a nossa determinação de permanecer como uma sociedade. Não podemos permitir que isso nos coloque uns contra os outros ou mine a nossa sensação de segurança”.

Em um discurso televisionado à nação, o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, chamou o sequestro de acto com “motivações políticas”.

O atacante armado entrou em torno de 9h30, hora local, e obrigou os reféns a apoiar uma bandeira na varanda do estabelecimento, em pleno centro da maior cidade da Austrália. A bandeira negra com letras brancas dizia em Árabe: “Não há Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta".

O sequestrador se identificou como Man Monis, de origem iraniana. Monis, 50 anos, foi condenado em 2012 por enviar cartas ameaçadoras e ofensivas para as famílias de oito soldados australianos mortos no Afeganistão, como protesto para protestar contra o papel do país no conflito. Também tem um histórico de agressões sexuais, informou a polícia.

No final da tarde, depois de 16 horas de sequestro, duas pessoas foram assassinadas tentando salvar as outras pessoas, e, por fim, ao entrar a polícia o mesmo atirador foi abatido pela polícia.

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