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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Um Igreja não unida ao bispo é uma Igreja doente

Na Audiência Geral, o Papa Francisco recorda a natureza colegial do ministério episcopal, da comunhão


Roma, 05 de Novembro de 2014 (Zenit.org) Luca Marcolivio


No ministério episcopal, bem como no presbiteral e diaconal, "é o próprio Cristo que está presente e que continua a cuidar de sua Igreja, garantindo protecção e orientação". Afirmou o papa disse Francisco durante a Audiência Geral desta manhã, que continuou seu ciclo de catequeses sobre os dons do Espírito Santo.
"Na presença e no ministério dos bispos, presbíteros e dos diáconos podemos reconhecer a verdadeira face da Igreja: a Santa Mãe Igreja Hierárquica", disse o Santo Padre. Através de seus ministros, "a Igreja exerce sua maternidade", que se expressa de muitas formas.

Em primeiro lugar, "nos gera no baptismo como cristãos, fazendo-nos renascer em Cristo". Em seguida, a Igreja, através do sacramento da penitência, “vigia sobre o nosso crescimento na fé, acompanha-nos entre os braços do Pai, para receber o seu perdão; nos prepara para a mesa eucarística, onde nos alimenta com a palavra de Deus e o Corpo e o Sangue de Jesus."

Através do sacramento da confirmação "invoca sobre nós a bênção de Deus e a força do seu Espírito, sustentando-nos por todo o curso da nossa vida e nos envolvendo com ternura e calor, sobretudo nos momentos mais delicados da provação, do sofrimento e da morte", como é o sacramento da unção dos Enfermos.

Falando especificamente sobre o ministério episcopal, o Santo Padre recordou que os bispos são sucessores dos apóstolos e, como tal, "são colocados na cabeça das comunidades cristãs, como fiadores da sua fé e como um sinal vivo da presença do Senhor em meio a eles ".

Neste sentido, Francisco advertiu os irmãos no episcopado: o trabalho, disse ele, não é uma "posição de prestígio", nem uma "honra", mas um "serviço" porque "Jesus o quis assim". Na Igreja, não deve haver lugar para qualquer "mentalidade mundana."

Pelo contrário, os bispos devem sempre seguir "o exemplo de Jesus, como Bom Pastor, que veio não para ser servido, mas para servir (cf. Mt 20,28; Mc 10,45), e para dar a sua vida por suas ovelhas (cf. Jo 10,11)".

A história da Igreja está cheia de bispos, santos, cujas vidas nos mostram que o ministério episcopal "não se procura, não se pede, não se compra, mas se acolhe em obediência, não para se elevar, mas para se rebaixar, como Jesus que "humilhou a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte e morte de cruz (Fl 2,8)."

Outro aspecto destacado pelo Papa é a natureza colegial do ministério episcopal, da "comunhão" cujo bispo de Roma é "custódio e fiador": "Quando Jesus escolheu e chamou os apóstolos - disse – pensou neles não separados “um do outro, cada um por conta própria, mas juntos, para que estivessem com Ele, unidos, como uma só família".

O recente Sínodo sobre a família, disse Francisco, foi uma nova oportunidade para expressar esta colegialidade episcopal, no entanto, o mundo está cheio de bispos que "mesmo vivendo em lugares, culturas, sensibilidades e tradições diferentes e distantes um do outro”, sentem-se “parte um ao outro e se tornam expressão da íntima ligação, em Cristo, entre suas comunidades."

É por esta razão que "as comunidades cristãs reconhecem no bispo um grande presente e são chamadas a alimentar uma sincera e profunda comunhão com ele, a partir dos presbíteros e dos diáconos. “Não há uma Igreja sadia se os fiéis, os diáconos e os presbíteros não são unidos ao bispo, acrescentou o Pontífice. “Essa Igreja não unida ao bispo é uma Igreja doente”.

Isso tudo acontece por que é no bispo que “se torna visível a ligação de cada Igreja com os apóstolos e com todas as outras comunidades, unidas com os seus bispos e o Papa na única Igreja do Senhor Jesus, que é a nossa Santa Mãe Igreja Hierárquica", concluiu.

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