Tenha cuidado para não banalizar esta festa: há aqueles que a levam a sério e não ficam só nas brincadeiras com máscaras
Roma, 31 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Pe. Aldo Buonaiuto
O que para muitos é uma festa para outros acaba sendo um
pesadelo, uma armadilha e uma triste experiência. Halloween parece ser
um evento comercial onde abóboras e caveiras, rostos monstruosos e
deformados invadem as nossas cidades. Nas escolas as crianças são
bombardeadas com mensagens que não pertencem à nossa cultura nem à
tradição, e não são poucos os professores e os pais que até se irritam
quando alguém tenta aconselhar algo alternativo mais legítimo, ou seja, a
celebração de todos os santos.
Nem mesmo os pesadelos, os medos e as ansiedades que se causam nos
pequenos por causa das imagens e das histórias de demónios e monstros –
que muitas vezes voltam a perturbá-las nos sonhos – alertam muitos
educadores no compreender qual perigo pode ser produzido por este pseudo
evento.
As obras do maligno também entram nos circuitos do mundo católico,
onde encontrei freiras e sacerdotes mais propensos a absolver esta
caricatura de carnaval tão banalizada do que proteger os muitos jovens
que esperam este período para fazerem transgressões de todos os tipos. O
mundo do oculto, subtil e insidioso, se prepara para exaltar Satanás
naquela que é para isso a mais importante do ano, onde a participação
também indirecta tem o significado de um grande ritual colectivo para
agradecer ao príncipe das trevas e da morte.
O horror, então, encontra espaço para celebrar os próprios hinos ao
reino dos monstros, quase sempre imagens que retratam demónios e
espíritos imundos. O príncipe da mentira atrai novos adeptos graças à
atracção que o macabro exercita especialmente com relação aos jovens. As
seitas ocultas se agitam muito à procura de novos recrutas, e em
particular, são os satanistas que preparam rituais e sabba com essa
finalidade. Máscaras que estão cheias de sangue, bruxas e fantasmas,
esqueletos e pessoas com machados na mão e cabeça no pescoço são
mostradas em todos os lugares produzindo um efeito de normalidade,
profanando o significado da morte e da vida após a morte.
Enquanto isso, há aqueles que tomam a sério não ficando só com as
brincadeiras de máscaras, mas vivendo este período como um tempo
dedicado ao diabo, com o objectivo de querer arrastar o maior número de
almas possíveis para um inferno que já começa aqui nesta terra.
(31 de Outubro de 2014) © Innovative Media Inc.
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