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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Bispos europeus honram os caídos da Primeira Guerra Mundial

Uma delegação da COMECE e da CCEE reza pela paz em Verdun. Os prelados visitam o cemitério de Douaumont, onde se encontram os restos mortais de 130 mil soldados


Roma, 12 de Novembro de 2014 (Zenit.org) Ivan de Vargas


Neste ano se comemora o centenário do começo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Por este motivo, uma delegação de bispos da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (COMECE) e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) realizou ontem em Verdun um emocionante ato em homenagem às vítimas deste conflito.

Na vigília da Assembleia Plenária da COMECE, nos dias 12 e 13 de Novembro, em Bruxelas, os prelados europeus visitaram o ossário. Localizado a algumas centenas de metros do forte de Thiaumont. Este lugar representa um dos testemunhos mais impressionantes da Batalha de Verdun. O ossário custodia os restos mortais de mais de 130.000 soldados franceses e alemães, mortos durante os longos meses de luta. Cada túmulo tem o nome da área onde os corpos foram recolhidos.

Neste lugar de memória, os bispos rezaram diante dos restos mortais encontrados lá e colocaram velas. Um dos momentos mais tocantes ocorreu quando recitaram os versos de alguns poemas escritos pelos próprios soldados que participaram do combate. No final deste momento de oração pela paz na Europa, os participantes foram para a Catedral de Nossa Senhora, onde o bispo de Verdun, Mons. Jean Paul Gusching, recitou as vésperas acompanhado por seus irmãos bispos. Por fim, o arcebispo de Munique e Freising e presidente da COMECE, o Cardeal Reinhard Marx leu uma breve mensagem.

A batalha de Verdun, que leva o nome de uma cidade ao nordeste da França, foi a mais longa da Primeira Guerra Mundial e a segunda mais sangrenta depois da batalha do Somme. Nela os exércitos franceses e alemães se enfrentaram entre o 21 de Fevereiro e o 19 de Dezembro de 1916. O resultado foi cerca de 250 mil mortos e ao redor de meio milhão de feridos nos dois lados. Na região onde ocorreram as lutas foi construído um monumento onde repousam, misturados, os restos de milhares de soldados dos dois países que não puderam ser identificados.

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