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terça-feira, 4 de março de 2014

Homilia do Papa: Senhor, defendei os sacerdotes e religiosas da idolatria e da vaidade, da soberba e do dinheiro

Santo Padre pede oração pelos jovens que têm vocação, mas às vezes há algo que os impede


Roma, 03 de Março de 2014 (Zenit.org) Salvatore Cernuzio


Muitas vezes, o próprio coração impede de dizer sim à vocação: cheio de soberba, inveja, idolatria. Por isso, o Papa, na homilia desta segunda-feira, na capela da casa Santa Marta, pediu orações, para que o Senhor envie sacerdotes e religiosas livres da idolatria e da vaidade, do poder e do dinheiro.

Hoje, destacou o Papa, muitos jovens sentem em seus corações este chamado para se aproximar de Jesus, e ficam entusiasmados”, “não têm vergonha de se ajoelharem” diante d’Ele, para dar uma demonstração pública de sua fé em Jesus Cristo”. Ainda hoje existem muitos jovens que têm vocação, mas às vezes há algo “que os impede”: “o coração está cheio de outras coisas, não são muito corajosos para esvaziá-lo, voltam para traz, e a alegria se torna tristeza”.

É a mesma situação narrada no Evangelho de hoje: o homem rico que se lança de joelhos diante de Jesus para pedir-lhe o que deveria fazer para herdar a vida eterna. Ele era um homem que “tinha um grande desejo de ouvir as palavras de Jesus”: era “um homem bom, porque desde a sua juventude tinha observado os mandamentos, “mas isso não era suficiente para ele: queria mais. O Espírito Santo o impulsionava”.

Então, Jesus olha para ele e lhe faz uma proposta de amor: “Venda tudo e vem comigo pregar o Evangelho”. Parece fácil para alguns, mas para aquele jovem, quando escutou essa chamada, “fechou a cara e foi embora triste”, porque possuía muitos bens.

“O seu coração inquieto, por causa do Espírito Santo que lhe impulsionava a chegar perto de Jesus e a segui-lo, era um coração cheio, destacou Bergoglio, mas ele não teve a coragem de esvaziá-lo.” O coração dele estava ligado ao dinheiro e não tinha a liberdade de escolher. “O dinheiro escolheu por ele”. 

Muitos jovens hoje vivem um dualismo como este narrado no Evangelho. “Devemos rezar, exortou Francisco, para que o coração destes jovens possa se esvaziar, se esvaziar de outros interesses, de outros amores, para que o coração se torne livre.

Francisco então sugeriu uma oração pelas vocações”: “Senhor, envie-nos religiosas, envie-nos sacerdotes, defenda-os da idolatria, da idolatria da vaidade, da idolatria do orgulho, da idolatria do poder, da idolatria do dinheiro.”
É uma oração para rezar muitas vezes, insistiu o Pontífice: “Ajudai, Senhor, esses jovens, para que eles sejam livres e não sejam escravos, para que tenham o coração só para Vós, e assim o chamado do Senhor possa chegar e possa dar frutos. Mas atenção, esta oração não é para fazer nascer vocações: existem vocações. O problema é ajudar para que cresçam, para que o Senhor possa entrar naqueles corações e dar esta alegria indizível e cheia de glória que tem cada pessoa que segue de perto a Jesus.”

(Trad.:MEM)

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