Presidente Evo Morales apresentará demanda no tribunal de Haia
Roma, 25 de Março de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora
Todo dia 23 de Março, a Bolívia comemora o Dia do Mar. 
Ontem, no 135° aniversário da reivindicação boliviana de uma saída para o
 Oceano Pacífico, o presidente Evo Morales declarou que o país 
apresentará uma demanda contra o Chile no próximo dia 17 de Abril, em 
Haia, pedindo a devolução da saída para o mar que a Bolívia perdeu 
durante a Guerra do Pacífico.
Sobre a questão, o secretário geral da Conferência Episcopal 
Boliviana, dom Eugenio Scarpellini, bispo de El Alto, afirma que, apesar
 de que houve factos históricos que afectaram as relações entre a Bolívia e
 o Chile, bem como o desenvolvimento de ambos os países, hoje é 
necessário pensar sempre em caminhos de diálogo construtivo e 
propositivo.
O bispo alertou, no entanto, que “agarrar-se hoje àqueles fatos, a 
ponto de voltar a nos enfrentar, é algo que não ajudaria ninguém”. Ele 
reconheceu que “nós temos direito a reivindicar a nossa saída para o 
mar”, mas afirmou que esse direito “tem que passar por um diálogo 
produtivo, fruto da escuta, da pró-actividade que procura soluções 
novas”.
O objectivo, precisou Scarpellini, é que "ambos os povos possam 
crescer em fraternidade e solidariedade, buscando realmente o 
desenvolvimento necessário para a pessoa humana e para o seu bem-estar, 
onde quer que ela viva e se encontre”.
“Fazemos votos”, encerrou a mensagem o presidente da CEB, “de que os 
mecanismos internacionais e os diálogos de carácter político e 
diplomático surtam efeitos e consolidem uma relação mais positiva entre 
os nossos países”.
O presidente Morales, durante os eventos relacionados com a data, 
reiterou que "a Bolívia quer que os mares pertençam aos povos, ao povo 
chileno, ao povo boliviano, ao povo peruano", e acrescentou que "o mar 
boliviano será dos povos e não um butim de guerra ou um motivo para se accionarem as armas".
“Se um ditador como Pinochet propôs uma saída ao mar para a Bolívia 
na década de 1970”, declarou Morales, “esperamos que um governo 
democrático e socialista possa tornar realidade este direito em pleno 
século XXI”, completou, referindo-se ao governo de Michelle Bachelet.
  (25 de Março de 2014) © Innovative Media Inc. 
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