No encontro, o prelado foi acompanhado por um antigo prisioneiro dos campos de concentração soviéticos
Roma, 21 de Março de 2014 (Zenit.org)
“O movimento Maidan, que abrangeu todos os níveis da
sociedade ucraniana e todas as tradições religiosas ainda não acabou.
Não há como voltar atrás. Não há regresso ao passado”, disse Borys
Gudziak, Bispo greco católico ucraniano, num encontro que manteve, no
início da semana, com altos responsáveis da União Europeia.
Neste encontro, que se realizou com o apoio da Fundação AIS,
o prelado foi acompanhado pelo professor Myroslav Marynovych, um antigo
prisioneiro nos “gulags”, os campos de concentração soviéticos, e que
hoje é tido como “uma referência moral” na Ucrânia.
“Nós acreditamos que a Ucrânia é uma lufada de ar fresco na Europa”,
disse o bispo, acrescentando que os acontecimentos recentes no seu país,
e que levaram à destituição do presidente Viktor Yanukovytch,
representam “a voz do povo que reivindica mudanças profundas na Ucrânia,
mas não para se regressar a uma estrutura política quase soviética”.
O que se passou, disse ainda, é “um caminho para verdadeiras
estruturas democráticas, na tradição da democracia europeia”, o que pode
vir a funcionar também “como exemplo para os russos”.
Numa breve referência aos recentes acontecimentos na Crimeia, com a
anexação do território por forças pró-russas, o bispo afirmou que “a
resistência ao regime de Yanukovytch ajudou as pessoas a recuperarem a
sua dignidade. A invasão da Crimeia está a ajudar as pessoas a
recuperarem o seu sentido de identidade nacional”.
Daí, ter apelidado estes tempos de mudança como sendo a “revolução da dignidade”.
(Fundação AIS)
(21 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.
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