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terça-feira, 25 de março de 2014

Francisco, o mais influente do mundo

Francisco, numa audiência
Publica-o a prestigiosa revista de negócios estado-unidense 'Fortune'

"Electrizou a Igreja e atraiu legiões de admiradores, não necessariamente católicos"

Redacção, 21 de Março de 2014 às 12:41
Depois de que a influente revista Time o designou "Homem do Ano" em 2013, e que a "Bíblia" do rock, o semanário Rolling Stone, o pôs na capa, agora a revista de negócios Fortune afirmou que o papa Francisco é "o homem mais influente do mundo".

O Sumo Pontífice ficou no primeiro lugar de uma lista de 50 nomes, escoltado pela chanceler alemã, Angela Merkel. Em terceiro lugar no ranking da Fortune, visível na página da internet da revista, aparece Alan Mulally, CEO da marca automóvel estado-unidense Ford.

"Há pouco mais de um ano uma nuvem de fumo branco anunciou o novo líder espiritual de 1.200 milhões de católicos de todo o mundo", descreve a Fortune na sua página da internet sobre o Papa. "Durante o curto tempo transcorrido, Francisco electrizou a Igreja e atraiu legiões de admiradores, alguns não necessariamente católicos praticantes", acrescenta.

"Ele negou-se a ocupar os aposentos papais de luxo, lavou os pés de um muçulmano detido, está-se deslocando por Roma num Ford Focus, e sustém ‘Quem sou eu para julgar?’ a respeito da visão da Igreja sobre os homossexuais", acrescenta.

A Fortune recorda então que Francisco "criou um grupo de oito cardeais para aconselhar sobre a reforma, que um historiador da Igreja chama ‘o passo mais importante na história da Igreja dos últimos 10 séculos'".

Apesar de que o Papa crê que o mais difícil está ainda por vir, a publicação cita uma sondagem com a qual explica "o efeito Francisco": em Março, um de cada quatro católicos disseram ter aumentado o seu apoio à beneficência este ano. Desses, 77% disseram atribui-lo a Francisco.

O Sumo Pontífice ficou no primeiro lugar de uma lista de 50 nomes, escoltado pela chanceler alemã, Angela Merkel.

No terceiro lugar no ranking da Fortune, visível na página da internet da revista, aparece Alan Mulally, CEO da estado-unidense Ford 
 
Karcher, o seu mestre-de-cerimónias argentino
O padre Guillermo Karcher é argentino e há 20 anos que está no Vaticano responsável da área de cerimonial e colabora com o Pontífice quando há que organizar algumas celebrações religiosas especiais.

"Vejo-o sempre entre as 8:30 e as 9. Esta manhã vi-o, actualizamo-nos com notícias de cá e de lá. E está muito bem predisposto, como sempre. Comentei-lhe a menção da revista Fortune, mas ele relativiza todo, não lhe interessa estar no centro do mundo. O único que o comove é San Lorenzo", brinca em diálogo com a rádio La Red.

A revista de Negócios Fortune mencionou Francisco como o homem mais influente do mundo. Ficou primeiro numa lista de 50 nomes, escoltado pela chanceler alemã Angela Merkel - Terceiro aparece Alan Mulally, CEO da marca automóvel Ford.
"A ele não lhe gosta figurar, mas se isto serve para que as pessoas estejam bem, tenham gozo interior, que lhe dê satisfação e energias, põe-no contente", sintetizou Karcher.

O sacerdote reconheceu que Francisco é um Papa que mudou todas as regras vigentes quanto a protocolo. É espontâneo e faz o que sente em cada momento.

Recordou que esta semana decidiu ir esperar a presidente Cristina Kirchner à porta da residência Santa Marta, algo que não estava previsto. "Ele disse vou esperá-la à porta e foi. Fazei o que quiserdes, vós pondes as regras aqui, disse-lhe", recordou Karcher entre risos.

A espontaneidade de Francisco faz mais fácil o trabalho de Karcher. Mas o que mais destaca é a simplicidade do Santo Padre, a sua maneira de viver, ordinária, de todos os dias. "Não há que fazer coisas extraordinárias para figurar, é um ensinamento que nos deixa a todos; o ordinário víamo-lo como extraordinário e não é assim", completou. (RD/Agencias)


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