Sexta-feira, na Rádio Vaticano, a apresentação do livro-entrevista do argentino Alver Metalli ao filósofo Methol Ferré, amigo e mentor espiritual de Bergoglio dos anos 70
Roma, 19 de Março de 2014 (Zenit.org)
Alberto Methol Ferré, o filósofo argentino que tem 
influenciado profundamente o pensamento de Jorge Mario Bergoglio, hoje 
Papa Francisco, falou sobre si mesmo em uma longa entrevista com o 
jornalista e escritor Alver Metalli. Fruto do diálogo é o livro “O Papa e
 o filósofo” (ed. Cantagalli) que será apresentado na próxima 
sexta-feira, 21 de Março, às 18.45, na Sala Marconi da Radio Vaticana.
Dois grandes nomes estarão presentes na reunião: o prof. Guzmán M. 
Carriquiry Lecour, secretário da Pontifícia Comissão para a América 
Latina, que também assina o prefácio do livro, e padre Juan Carlos 
Scannone, jesuíta de 81 anos, um dos maiores teólogos vivos, 
ex-professor em várias universidades na América Latina e Europa, 
incluindo a Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, e o ex-decano da
 Faculdade de Filosofia e Teologia da Universidade do Salvador, em 
Buenos Aires. Também estarão presentes o Pe. Federico Lombardi, director 
da Sala de imprensa do Vaticano e o prof. Massimo Borghesi.
A amizade intelectual entre Bergoglio e Methol Ferré tem raízes 
distantes: já nos anos 70 os dois tiveram a oportunidade de 
encontrar-se, à margem do entusiasmo para os preparativos da terceira 
Conferência geral do episcopado Latino-americano, para falar sobre a 
responsabilidade da Igreja naquele momento particular para a América 
Latina. A cultura, a religiosidade popular, os pobres, a Teologia da 
Libertação eram os temas quentes daqueles anos.
Na entrevista com Alver Metalli,  o filósofo narra o fervor daqueles 
encontros e de uma página da história da argentina que talvez nem todos 
conhecem, mas que tem marcado profundamente o pensamento de Francisco.
Nos dias em que se esperava a eleição de Bento XVI, Methol Ferré 
estava certo de que o tempo para um Papa vindo "do fim do mundo" ainda 
não estava maduro, mas talvez teria chegado logo: aos seus olhos a 
Igreja argentina com os seus cinco séculos de história era a mais 
preparada entre os países emergentes para presentear ao mundo um 
sucessor de Pedro. Ainda assim, o filósofo não poderia ter imaginado que
 o Papa argentino tão esperado teria sido alguém que conhecia bem e 
tinha estado muito próximo.
Falando do filósofo ao presidente do Uruguai, o Papa Francisco disse 
pelo contrário: “Nos ajudou a pensar”, destacando uma ligação 
intelectual nunca interrompida e uma grande afinidade de pensamento. As 
palavras proferidas por Ferré a Alver Metalli podem ser consideradas 
portanto, um verdadeiro testamento espiritual.
[Trad.TS]
  (19 de Março de 2014) © Innovative Media Inc. 
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