Congresso internacional sobre o Sínodo da família: diante das novas situações, a Igreja precisa responder aos desafios
Cidade do Vaticano, 25 de Março de 2014 (Zenit.org)
Os recursos da pastoral familiar diante dos desafios actuais 
foi o tema do encontro final do Congresso Internacional da Família, 
realizado nos dias 20 e 21 de Março no Instituto Pontifício João Paulo 
II, em Roma.
"Temos que enfrentar a realidade do jeito que ela é. Se estamos 
seguros da nossa fé, é necessário proclamá-la em alta voz", afirma o 
cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos em 
entrevista concedida à Rádio Vaticano.
"A iniciativa de abordar o tema da família e, portanto, também do 
casamento, foi um momento importantíssimo para a Igreja, incentivado 
pelo papa João Paulo II, tanto como pontífice quanto como estudioso", 
afirma o purpurado. Ele explica ainda que, muitos anos depois da famosa 
encíclica "Familiaris Consortio", o "papa Francisco acredita que é 
oportuno retomar este grande tema à luz do Evangelho e, mais ainda, com 
os tempos mudados, olhar com actualização para a Doutrina da Igreja". O 
cardeal observa que "muitos temas, muitos problemas, muitas situações 
mudaram com o tempo: a Igreja, por isso, tem que ser capaz de responder 
aos desafios".
E a atitude que devemos adoptar para encarar esses desafios, explica o
 cardeal na entrevista, é "em primeiro lugar conhecê-los, e não só 
através da media, e fazer com que as pessoas se expressem e contem a sua
 própria historia". Assim, o sínodo teve a iniciativa de enviar um 
documento preparatório com um questionário composto de perguntas muito 
concretas, actuais e directas, que, naturalmente, diz o secretário do 
sínodo, “tiveram impacto nas pessoas, que se sentiram à vontade para 
expressar o que elas pensam e mostrar o que elas vivem de uma forma directa, sem mediações”.
Perguntado sobre a dificuldade dos divorciados de acolher o 
testemunho dos esposos cristãos no tocante à experiência da graça no 
dia-a-dia, o cardeal Baldisseri explicou que, "com o questionário, nós 
tivemos o testemunho não só de pessoas que vivem o matrimónio de acordo 
com a fé, mas também de quem não o vive, de quem sofreu dramas, 
fracassos". Por isso, explica ele, "nos interessa conhecer também essas 
pessoas e os seus sofrimentos, para podermos cuidar delas mais 
pastoralmente e acompanhá-las". O purpurado indica que o primeiro passo é
 "acompanhá-las no sofrimento. Depois, ajudá-las também a encontrar 
soluções, as soluções que a Igreja considerar mais aptas e concernentes 
ao caso e que, ao mesmo tempo, estiverem dentro da verdade e da 
caridade". E acrescenta que "este é o drama: muitos casos não têm 
solução porque não recebem ajuda. Pode haver caminhos. O importante é 
que o tema seja tratado, que as pessoas falem. Quando falam, as pessoas 
já estão numa posição melhor, já estão contentes. É como um doente que 
está sozinho, abandonado, mas basta uma pessoa querida se aproximar para
 animá-lo, consolá-lo e dar esperança para viver".
  (25 de Março de 2014) © Innovative Media Inc. 
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