Organização italiana Sentinelas em Pé se manifesta em Imperia, La Spezia e Chiavari
Roma, 24 de Março de 2014 (Zenit.org)
Mais uma vez, na Itália, o silêncio das Sentinelas em Pé 
[Sentinelle in Piedi] é acusado de homofobia. A última acusação veio do 
site agregador de notícias Huffington Post, que publicou uma carta 
aberta ao jornal italiano Avvenire culpando-o de divulgar uma carta das 
próprias Sentinelas, e mais ainda, de ter corajosamente disparado o 
alarme contra a intromissão da ideologia de género nas escolas do país. A
 carta aberta do Huffington Post tacha as Sentinelas de "pessoas 
homofóbicas e transfóbicas, que, de maneira cada vez mais visível e 
óbvia, se recusam a ceder às mudanças sociais".
“A acusação destaca duas coisas”, comentam as Sentinelas em um 
comunicado recém-publicado. “Por um lado, confirma a necessidade urgente
 de nos mobilizarmos contra o liberticida projecto de lei Scalfarotto, 
que trata da homofobia. Se hoje somos acusados de homofobia apenas por 
ficar em silêncio nas ruas e praças a fim de expressar a nossa legítima 
dissensão diante de uma medida legislativa, o que acontecerá amanhã, se a
 lei entrar em vigor?".
“Não nos cansaremos nunca de afirmar que este texto”, continua o 
comunicado das Sentinelas, “apresentado como necessário para impedir 
actos de violência contra pessoas com tendências homossexuais, é na 
verdade inconstitucional, já que não especifica o que se entende por 
homofobia e, portanto, deixa aberta a possibilidade de que simples 
opiniões estejam sujeitas a processos, como hoje já são passíveis de 
acusações. Com essa lei, poderia ser processado qualquer um que se 
dissesse contrário às adopções de crianças por parceiros do mesmo sexo, 
bem como qualquer um que sustentasse que a família se baseia na união 
entre um homem e uma mulher".
O segundo aspecto destacado pelas Sentinelas é "o grande engano que 
este projecto leva em frente: a contraposição entre homossexuais e 
heterossexuais. Não há um ‘nós’ e um ‘vocês’ em mútuo combate; não para 
as Sentinelas em Pé, que se recusam a catalogar as pessoas com base em 
orientação sexual, já que não é este aspecto o que constitui a 
integridade da pessoa".
“Por trás da reclamação de supostos direitos negados, o lobby LGBT se
 arroga o direito de falar em nome de todos os homossexuais e 
transsexuais, sem considerar que, entre eles, há pessoas completamente 
contrárias à sua pretensão de direitos baseados em orientação sexual. 
Muitas dessas pessoas nos acompanham nas manifestações de rua. Não só 
isso: com essa mesma abordagem, as próprias Sentinelas em Pé são 
pejorativamente catalogadas com o preguiçoso e velho rótulo de 
‘reacionárias católicas’ ou ‘fanáticas’”.
"O quanto isso é falso é demonstrado pela realidade das nossas 
vigílias: a nossa rede é uma organização apartidária e aconfessional, e,
 entre as Sentinelas em Pé, há, por exemplo, cidadãos católicos, 
muçulmanos, não crentes e mórmons. Basta vir às ruas connosco para 
constatá-lo em primeira pessoa".
"Isto deveria bastar para deixar claro que a liberdade de expressão 
se aplica a todos e não conhece cores políticas, religião ou orientação 
sexual. Quem é verdadeiramente livre de preconceitos não pode deixar de 
reconhecê-lo e de sair às ruas connosco".
No último sábado, 22 de Março, as Sentinelas realizaram a sua 
manifestação silenciosa nas cidades italianas de Chiavari, La Spezia e 
Imperia. "Fizemos a nossa vigília em silêncio hoje para garantir a nossa
 liberdade de expressão de amanhã", encerra o comunicado.
  (24 de Março de 2014) © Innovative Media Inc. 
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