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sábado, 29 de março de 2014

A confissão não é um tribunal de condenação, mas experiência de perdão e misericórdia

Francisco recordou aos participantes do Curso sobre Foro interno, organizado pela Penitenciaria Apostólica, que o protagonista da reconciliação é o Espírito Santo


Roma, 28 de Março de 2014 (Zenit.org)


O Santo Padre Francisco recebeu em audiência nesta sexta-feira aos participantes à XXV edição do Curso sobre Foro interno, organizado pela Penitenciaria Apostólica. O curso acontece anualmente como oportunidade para formar confessores e ajudá-los a melhor exercer o importante ministério da reconciliação, como recordou o Papa.

O curso começou dia 22 e terminou nesta sexta-feria, 28 de Março. Cerca de 500 sacerdotes e seminaristas aprofundaram sobre o sacramento da reconciliação. O cardeal Mauro Piacenza deu início ao curso.

O Papa Francisco agradeceu aos presentes pelo “precioso serviço” e animou-os a levar adiante com compromisso renovado, fazendo tesouro da experiência adquirida e com sábia criatividade ajudar cada vez mais a Igreja e os confessores no ministério da misericórdia.

Recordou que o verdadeiro protagonista da reconciliação é o Espírito Santo. “O perdão que o Sacramento concede é a nova vida transmitida pelo Senhor Ressuscitado através do Seu Espírito". Por isso, o Santo Padre lembrou que eles são chamados a ser 'homens do Espírito Santo', testemunhas e anunciadores, felizes e fortes, da ressurreição do Senhor". E a tarefa do confessor, continuou Francisco, é “fazer sentir a sua presença quando ouve o penitente”.

O Papa convidou os confessores a “trabalhar muito” sobre a própria humanidade para nunca ser obstáculo e favorecer o aproximar-se dos baptizados à misericórdia e ao perdão. Recordou também que o confessor é como um “médico chamado a curar” e “como juiz a absolver”. Portanto, a sua tarefa principal é doar generosamente aos irmãos a reconciliação que “transmite a vida do ressuscitado e renova a graça baptismal”.

E recomendou que os confessores são convidados a “evitar os dois extremos opostos: o rigorismo e o laxismo”, e a recordar sempre que “a confissão não é um tribunal de condenação, mas experiência de perdão e misericórdia”.

Por fim, para tonar ainda mais acessível o sacramento da reconciliação o Pontífice indicou que, em cada paróquia, os fiéis saibam quando podem encontrar sacerdotes disponíveis para ouvir o seu arrependimento.

(MEM)

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