Papa recebe participantes da Plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde
Roma, 24 de Março de 2014 (Zenit.org) Salvatore Cernuzio
Primeiro, um profundo agradecimento pelo empenho de tantos
“irmãos e irmãs portadores de doenças, deficiências, e idosos”. Em
seguida, o incentivo para cuidar com amor e defender a dignidade das
pessoas que sofrem, lembrando que não há nenhuma doença capaz de minar o
valor sagrado que Deus deu a cada vida humana. É precisamente o
sofrimento que torna visível a "carne de Cristo", disse Francisco aos
participantes da Plenária do Pontifício Conselho da Pastoral para os
Agentes de Saúde, na manhã desta segunda-feira.
O Calvário de Jesus deu um novo sentido ao sofrimento humano, e Sua
Paixão “é a maior escola para quem quer dedicar-se ao serviço dos
irmãos doentes e que sofrem", disse o Papa. "Até no sofrimento ninguém
está nunca só, porque Deus no seu misericordioso pelo homem e pelo mundo
abraça mesmo as situações mais desumanas, em que a imagem do Criador
presente em cada pessoa aparece ofuscada ou desfigurada.”
“Como aconteceu a Jesus na sua Paixão, reafirma o Santo Padre, Nele
toda a dor humana, cada mágoa, cada sofrimento tem sido assumido por
amor, pelo simples desejo de estar perto de nós, para estar com a gente.
"
Francisco, em seguida, recordou a Salvifici doloris
de João Paulo II, em especial o ponto 30, que incentiva o trabalho do
Departamento: “fazer bem com o sofrimento e fazer bem a quem sofre” (n. 30).
Essas palavras, disse Francisco, João Paulo II as viveu e as
testemunhou de maneira exemplar. “O seu foi um magistério vivente, que o
Povo de Deus retribuiu com tanto afecto e tanta veneração, reconhecendo
que Deus estava com ele”, destacou Bergoglio.
“A experiência da compartilha fraterna com quem sofre nos abre à
verdadeira beleza da vida humana, que compreende a sua fragilidade”,
disse o Papa. “Na proteção e na promoção da vida, em qualquer fase e
condição se encontre, possamos reconhecer a dignidade e o valor de cada
ser humano, da concepção até a morte”, exortou o Santo padre.
E recordou a Solenidade da Anunciação do Senhor que celebra amanhã
“quem acolheu a Vida em nome de todos e em benefícios de todos”, disse.
“Ofereceu a sua própria existência, colocou -se à disposição da vontade
de Deus, tornando-se "lugar" de sua presença, "lugar" no qual habita o
Filho de Deus".
A ela, Salus infirmorum, o Papa confiou a serviço daqueles
que trabalham na "defesa e promoção da vida" e "na pastoral da saúde”. E
invocou a "protecção maternal" sobre todos os doentes e seus familiares,
e sobre todos aqueles que cuidam deles. E conclui a audiência cheio de
emoção e esperança: "Queridos amigos, no desempenho quotidiano do nosso
serviço, tenhamos sempre presente a carne de Cristo nos pobres, nos
sofredores, nas crianças, mesmo as indesejadas, nas pessoas com
problemas físicos e psíquicos e nos idosos”.
(Trad.:MEM)
(24 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.
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