Adriano MOREIRA é uma das figuras mais destacadas da vida portuguesa contemporânea e uma personalidade que tem marcado profundamente o pensamento político português e, onde e sempre que é feita, a reflexão estratégica de Portugal. Jurista e, como hoje se diz, politólogo, homem da Academia e da Universidade, com uma vida inteira dedicada ao estudo e ao ensino superior e, ocasionalmente, à intervenção e acção políticas de primeiro plano, tem dezenas de títulos publicados ao longo de uma actividade editorial fecunda e inesgotável. Possui sólido prestígio internacional, sobretudo no espaço da Lusofonia, de que foi um conceptualizador visionário e efectivamente pioneiro. Foi um dos primeiros grandes cultores da Ciência Política e das Relações Internacionais em Portugal, com milhares de alunos que passaram pelas suas aulas e colheram os seus ensinamentos, além de exercer uma generosidade social incansável, mantendo, no ano em que fará 92 anos, a aberta disponibilidade que sempre o caracterizou para corresponder às constantes solicitações da sociedade civil que, por todo o país, o quer ouvir, dialogar com ele, aprender com a sua inteligência, experiência e sabedoria. A presença de Adriano MOREIRA no ciclo POLÍTICA & PENSAMENTO: A VOZ DOS LIVROS era, por tudo isso, incontornável.
A oportunidade surgiu nesta altura em que se aproximam as comemorações dos 40 anos sobre o 25 de Abril. Na verdade, é da pena de Adriano MOREIRA a primeira reflexão profunda e estruturada sobre a Revolução e algumas das suas facetas mais relevantes, bem como o seu impacto geopolítico. Foi esse o seu primeiro livro que li, em 1977:.
A oportunidade surgiu nesta altura em que se aproximam as comemorações dos 40 anos sobre o 25 de Abril. Na verdade, é da pena de Adriano MOREIRA a primeira reflexão profunda e estruturada sobre a Revolução e algumas das suas facetas mais relevantes, bem como o seu impacto geopolítico. Foi esse o seu primeiro livro que li, em 1977:.
«O Novíssimo Príncipe»
Análise da Revolução
(Intervenção, 1977)
Análise da Revolução
(Intervenção, 1977)
– um dos seus títulos mais famosos, objecto já de algumas reedições. Numa destas, o editor destaca como esta obra “de uma forma bastante clara e exímia, pinta muito incisivamente o panorama português dos anos setenta, introduzindo e preparando o leitor para compreender as décadas que se sucederam.”
É aqui também que o autor escreveu um dos trechos mais vigorosos do seu patriotismo: «Tudo lhes pertence e nos cabe, porque a Pátria não se escolhe, acontece. Para além de aprovar ou reprovar cada um dos elementos do inventário secular, a única alternativa é amá-la ou renegá-la. Mas ninguém pode ser autorizado a tentar a sua destruição, e a colocar o partido, a ideologia, o serviço de imperialismos estranhos, a ambição pessoal, acima dela. A Pátria não é um estribo. A Pátria não é um acidente. A Pátria não é uma ocasião. A Pátria não é um estorvo. A Pátria não é um peso. A Pátria é um dever entre o berço e o caixão, as duas formas de total amor que tem para nos receber.»
Além de revisitar e actualizar-nos sobre este seu marco de referência a respeito da Revolução que abriu o actual tempo português, Adriano MOREIRA apresentará ainda brevemente o seu êxito mais recente, que é também o último livro que dele li: “Memórias do Outono Ocidental – um Século sem Bússola” (Almedina, 2013), em que o autor passa em revista e reflecte sobre as principais perplexidades que marcam o presente contexto de Portugal, na Europa e no Ocidente.
Largos motivos de interesse e de forte actualidade, para uma hora de reflexão e de diálogo sobre Política no mais nobre e elevado sentido do termo, em torno das encruzilhadas do presente tempo histórico, na próxima segunda-feira, 7 de Abril, às 18:30 horas, na Livraria Férin (ao Chiado).
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