O Kremlin anuncia que esta república autónoma já forma parte da Federação Russa
Roma, 18 de Março de 2014 (Zenit.org) Ivan de Vargas
O Papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (17) o
arcebispo maior de Kiev-Halyc (Kiev), Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk.
Durante a audiência privada, o primaz da Igreja greco-católica
ucraniana agradeceu ao Santo Padre por seu apoio e orações por ocasião
dos protestos nos últimos meses nesta república da Europa Oriental. E é
que quando as manifestações pacíficas se tornaram violentas, o Papa
argentino lançou repetidos apelos para a paz e o diálogo.
Enquanto isso, a Igreja greco-católica sempre esteve junto dos manifestantes e procurou tratar dos feridos.
A situação no país continua fervendo. Em plena crise, o arcebispo
Shevchuk não deixou de pedir a todas as partes implicadas, também a
Rússia, que respeite a integridade territorial da Ucrânia.
Além disso, sua Beatitude denunciou que homens armados ameaçaram
sacerdotes greco-católicos para que abandonem a Crimeia. Apesar do clima
de tensão, os sacerdotes continuam ali e se negam a deixar as suas
paróquias.
Conforme anunciado pelo Kremlin nesta terça-feira, minutos depois do
presidente Vladimir Putin assinar o acordo de anexação com as novas
autoridades da península, Crimeia agora faz parte da Federação Russa.
O Parlamento desta província, em uma sessão extraordinária de portas
fechadas, votou na segunda-feira uma declaração de independência efectiva
neste mesmo dia e autorizou o primeiro-ministro, Serguei Axionov, e o
chefe do legislativo, Vladimir Konstantinov, a acudir a Moscovo e assinar
o tratado bilateral com a Rússia.
Com base no resultado oficial do referendo sobre a independência do
domingo passado, e apesar das sanções internacionais, em Moscovo o
presidente Vladimir Putin emitiu um decreto reconhecendo a Crimeia como
um Estado soberano. O texto assinado segunda-feira pelo presidente
russo, que entrou imediatamente em vigor, inclui um reconhecimento para o
“Status autónomo especial” de Sebastopol, a cidade crimeia onde a
Rússia tem estacionada a sua frota do Mar Negro.
De acordo com o direito internacional, Crimeia é uma república autónoma da Ucrânia e a consulta do domingo somente é reconhecida pela
Rússia. Fruto das turbulências provocadas pelos protestos de Kiev, o referendo foi preparado no prazo recorde de dez dias e realizado em
ambiente militarizado e especialmente controlado pelos soldados russos.
(18 de Março de 2014) © Innovative Media Inc.
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