Amanhã, um número especial de La Civiltà Cattolica sobre comunicação, com o comentário do Padre Spadaro sobre a mensagem de Bergoglio para a 48ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais
Roma, 31 de Janeiro de 2014 (Zenit.org) Nicola Rosetti
O número da revista “La Civiltá Cattolica” que sairá amanha,
sábado, 1º de Fevereiro, parece particularmente focado no tema da
comunicação. Andrzej Koprowskj da Rádio Vaticano concentra a sua atenção
na multimidialidade da emissora radiofónica. Giovanni Sale dedica um
artigo a Paulo VI e ao tema do diálogo Igreja-mundo. Gianpaolo Salvini
apresentará os encontros do início de ano de Papa Francisco.
Mas nós gostaríamos de concentrar a nossa atenção no primeiro
artigo deste número de Fevereiro redigido pelo Director da “La Civiltá
Cattolica”, padre Antonio Spadaro. O religioso comenta a mensagem do
Papa Francisco para a 48ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais e
aproveita a ocasião para tentar desenhar um perfil do grande Papa
comunicador.
Para o editor da "La Civiltá Cattolica”, o segredo da comunicação do
Papa Francisco está na sua corporeidade “naturalmente inclinada ao
entrevistador". Pôde-se rapidamente notar isso quando o Papa Francisco
apareceu pela primeira vez na Janela das Bênçãos e pediu, inclinando a
cabeça, a oração dos fieis presentes para si. Padre Spadaro explica que o
Papa “activou aqueles que se imaginavam receptores e a consequência foi
que toda a praça reagiu, participando, em primeira pessoa, da construção
do evento”.
O mesmo processo de comunicação foi posto em prática quando um jovem
tirou uma foto com o celular focando o Papa, a si mesmo e os seus
amigos. Também neste evento o Papa tornou protagonistas aqueles que no
geral, a nível comunicativo são espectadores. A conclusão que o
religioso tira de tudo isso é que “portanto, mais do que comunicador,
Papa Francisco cria eventos comunicativos, aos quais a pessoa se sente
chamada a participar activamente.
A análise do padre Spadaro continua aprofundando seis ocasiões nas
quais o Papa falou do tema da comunicação, para chegar a algumas
considerações sobre o texto que o Pontífice preparou por ocasião da
próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais que terá por tema:
“Comunicações ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”. Padre
Spadaro observa como o Pontífice tenha começado a sua reflexão sobre a
condição do mundo actual globalizado também graças a internet que em um
certo sentido “expressa a profecia de um mundo novo, também porque pode
oferecer maior possibilidade de encontro e de solidariedade”. "Uma
possibilidade que só se pode tornar realidade se a rede se tornar meio
de partilha”.
Spadaro, um dos maiores especialistas em campo eclesiástico no que se
refere a comunicação e as novas tecnologias, acredita que seja fácil
reduzir a internet a uma infra-estrutura tecnológica, perdendo assim
toda a sua dinâmica antropológica. É necessário ter em conta que “a
nossa vida já é uma rede, mesmo sem os tablets e os smartphones". E
justo por este motivo o Papa escreve: “a rede digital pode ser um lugar
rico de humanidade, não uma rede de fios, mas de pessoas”.
A Igreja comunica desde sempre, comunica a “boa notícia” ou seja o
Evangelho, pelo qual a sua atenção ao mundo das comunicações sociais é
bastante natural e legítima. Destaca-o também o Papa, quando afirma: “a
comunicação ajuda a dar forma à vocação missionária de toda a Igreja".
Tradução Thácio Siqueira
(31 de Janeiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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