Bispos da Inglaterra e do País de Gales preocupados pela consulta sobre o aborto lançada pelo Ministério da Saúde, que visa alterar a lei de 1967
Roma, 12 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org)
É alarmante para a Conferência Episcopal da Inglaterra e
País de Gales a consulta sobre o aborto lançada pelo Ministério da
Saúde. Esta visa alterar a legislação nacional referente à 1967, que
permite a interrupção voluntária da gravidez (IVG), apenas por razões de
provável "perigo para a saúde física ou mental da mulher grávida ou da
criança".
Em particular, a consulta do Ministério quer excluir o requisito da
lei que diz que uma mulher que está a considerar a IVG deve consultar
um médico. Sugere também que o procedimento possa ser realizado por uma
enfermeira e fora de uma clínica, “na privacidade de sua própria casa”.
A preocupação dos bispos britânicos tomou forma em uma carta aberta
de Dom Peter Smith, presidente da Conferência Episcopal para a
responsabilidade cristã e a cidadania, ao ministro da Saúde, Jeremy
Hunt. Na carta (informa a Rádio Vaticana) Mons. Smith destaca em
primeiro lugar "a tragédia pessoal e social" que está por trás do aborto
e apela ao ministro "a realização de uma consulta mais ampla" para
discutir "de modo aberto e claro sobre um assunto tão delicado e
difícil".
O prelado destacou que “a oposição da Igreja Católica ao IVG é clara e
bem conhecida", e ressalta que "muitas pessoas, apesar de não concordar
com a doutrina da Igreja, também estão profundamente preocupadas pelos
200 mil abortos que ocorrem a cada ano”.
Esta, de acordo com o Presidente da Conferência Episcopal para a
responsabilidade cristã e cidadania, é uma grande tragédia humana e
social", uma vez que o aborto "é um ato com um peso moral
significativo". Os novos procedimentos corroem o “sentido ético,
reduzindo-o a uma intervenção médica simples", quase uma “rotina". O
prelado recorda o compromisso da Igreja para "buscar reduzir a
necessidade de abortar, oferecendo apoio às mulheres que levam adiante
uma gravidez indesejada, adequado apoio financeiro e social às suas
famílias".
(Trad.MEM)
(12 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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