O arcebispo de Seul, o futuro cardeal Andrew Yeom Soo-jung futuro, fala sobre os frutos que produziria a primeira visita de Francisco ao continente asiático
Roma, 03 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García
"Uma visita apostólica do Papa Francisco à Coreia seria uma
mensagem de esperança para todos os países da Ásia. De todo o coração
nós esperamos que possa ocorrer. Também daria uma grande motivação à
Igreja coreana para continuar trabalhando na evangelização da Ásia”.
Afirmou o arcebispo de Seul, Andrew Yeom Soo-jung, em declarações à
Agência Fides.
Em 12 de Janeiro, o Santo Padre anunciou que o arcebispo de Seul,
será criado cardeal no consistório de 22 de Fevereiro. O padre Federico
Lombardi, disse aos jornalistas recentemente que no Vaticano está sendo
estudada uma possível viagem do Papa à Coreia por ocasião do Dia da
Juventude Asiática, o encontro dos jovens católicos da Ásia, programado
em Daejeon, de 10 a 17 de Agosto.
Sobre essa possível viagem papal para a Ásia, o arcebispo de Seul
disse à Fides: "Toda vez que tem a possibilidade, o Papa Francisco
destaca a necessidade mais urgente para a Igreja de hoje: a capacidade
de curar feridas e aquecer os corações dos fieis". Esta orientação
pastoral deve ser contextualizada na Coreia, "a sociedade coreana de
hoje (continua o arcebispo) vive o problema da diferença entre ricos e
pobres, e as diferenças ideológicas entre o partido conservador e o
partido progressista. Estas divisões causam ansiedade e caos na
sociedade. Há também diferenças na Igreja Católica na Coreia, e muitas
pessoas estão enfrentando uma crise de fé. Espero que a visita do Santo
Padre à Coreia seja a ocasião para que aprendamos o modo de superar
estas diferenças e conviver em harmonia no amor de Cristo".
Finalmente explicou que: "a abordagem pastoral do Papa Francisco é a
de enfatizar o ensino fundamental da fé cristã: ajudar o próximo e amar
os pobres. Portanto, a missão mais importante da Igreja na Coreia é a de
cuidar dos pobres e marginalizados. Uma visita do Santo Padre na Coreia
não somente traria grande esperança à Igreja coreana, mas também à toda
a sociedade coreana”.
Monsenhor Andrew Yeom Soo-jung pediu na sua mensagem de Páscoa de
2013: “abundantes graças e bênçãos para os nossos irmãos, separados de
nós, na Coreia do Norte, com a esperança de que a paz possa triunfar
sempre na península coreana”. Esta mensagem veio em um momento de tensão
política e militar entre as duas Coreias. Tanto que o arcebispo
convidou todos para "orar por aqueles que sofrem física e
espiritualmente ", e especialmente " pelos irmãos da Coreia do Norte".
Em 1949 estimava-se que a população católica na Coreia do Sul estava
em torno de 1,1%, com apenas 81 sacerdotes e 46 paróquias. Logo após o
Concílio Vaticano II eram 2,5 %. 50 anos depois, os católicos são 10,3
% da população, os sacerdotes mais de 4.600, os religiosos e as
religiosas mais de 10.000.
Estes são os números que o Cardeal Fernando Filoni, prefeito da
Congregação para a Evangelização dos Povos, recordou em sua viagem à
Coreia do Sul, que realizou de 30 de Setembro a 6 de Outubro.
De acordo com dados da Conferência Episcopal da Coreia do Sul,
publicados em maio de 2013, documenta-se que actualmente há 5.361.369
católicos, cerca de 10,3 % da população total. Durante o ano passado,
84.959 fieis uniram-se à Igreja e surgiram no país 17 novas paróquias.
Seul, a arquidiocese mais populosa, abriga o 27,1% dos fieis coreanos,
seguida por Suwon (15,1%), Daegu (8,8%) e Incheon (8,7%).
Além disso, em 2012 celebraram-se 20.712 casamentos, 12.506 entre
coreanos baptizados e não. O número de fieis que se aproximaram do
sacramento da confissão é, pelo contrário, um 4,6 % menor do que em 2011
e também os baptismos, 132.076 no ano passado, registaram queda de
1,8%.
Um crescimento que também caracterizou o aumento do clero: em 2012, a
relação entre sacerdotes e fieis é de um para 1.149. A assistência
média à missa dominical teve a participação de 1.233.114 de fieis, cerca
de 23% dos católicos coreanos.
Trad.TS
(03 de Fevereiro de 2014) © Innovative Media Inc.
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