Denúncia relatada pela Fides foi feita pelo Bispo da Diocese de Mocoa-Sibundoy, Colômbia
Roma, 28 de Novembro de 2013
No departamento colombiano de Putumayo, no sul do país, as
FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitem que as
igrejas possam permanecer abertas somente aos sábados e domingos, e os
sacerdotes podem, portanto, celebrar a Missa somente nesses dois dias.
A denúncia foi feita pelo Bispo da Diocese de Mocoa-Sibundoy,
capital do departamento de Putumayo, Dom Luis Alberto Parra Mora, o
qual, falando para uma rádio local, recordou que “no início, a proibição
era para toda a semana”, mas depois do pedido dos habitantes das
cidades de Puerto Guzmán e Puerto Asís, a guerrilha permitiu a
celebração da Missa no final de semana. “Agora estamos na fase de
diálogo com os grupos armados que nos permitiram voltar a celebrar a
Eucaristia nessas cidades, mas ainda não podemos ir à zona rural, onde
as igrejas ficam fechadas toda a semana”, disse o Prelado.
Não obstante as FARC e o governo do presidente Juan Manuel Santos
prossigam os colóquios de paz em Cuba desde 2012, o conflito armado no
país não dá sinais de diminuição. Na própria região de Putumayo, seis
sacerdotes ameaçados pela guerrilha foram transferidos pouco tempo atrás
por motivos de segurança (veja Fides 17/10/2013).
“Observamos com preocupação os problemas de segurança dos nossos
sacerdotes e dos nossos Bispos, aos quais é negada a liberdade de pregar
a Palavra de Deus”, disse o Padre Pedro Mercado, Vice-secretário da
Conferência Episcopal Colombiana, que pediu a garantia do Estado para o
clero, para que possa exercitar a sua missão. Durante a longa história
do conflito armado, foram constantes as hostilidades da guerrilha e de
outros grupos em relação à Igreja, todavia, como destacou pe. Mercado,
este problema aumentou nos últimos meses.
Segundo o novo programa, quinta-feira, 28 de Novembro, deve ter
início o diálogo entre as FARC e o governo sobre o terceiro ponto dos
acordos de paz. Inicialmente, o encontro foi marcado para o dia 17 de Novembro, como anunciado depois da notícia do segundo acordo (veja Fides
08/11/2013), mas depois a data foi adiada para 28 de Novembro, “para
afinar a visão, trocar documentos e analisar outras novas propostas
recebidas por vários grupos da sociedade colombiana", segundo uma nota
da Agência EFE.
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