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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vittorio Messori, paladino de Bernadette ante o racionalismo: «Se Lourdes é verdade, tudo é verdade»

Esta quinta-feira apresenta em Madrid o seu novo livro 

Bernadette não nos enganou é o último livro de Vittorio Messori.
Actualizado 13 de Novembro de 2013

Carmelo López-Arias / ReL

Esta quinta-feira 14 de Novembro, às 19:30 horas, o escritor e jornalista italiano Vittorio Messori (Sassuolo, 1941) apresenta em Madrid o seu último livro, Bernadette não nos enganou. Uma investigação histórica sobre a verdade de Lourdes, publicado por LibrosLibres. O acto terá lugar no Foro de Apologética Bento XVI, na Paróquia de Maria Virgem Mãe (Avenida Machupichu, 50).

A sua paixão pelas aparições da Virgem Maria a Santa Bernadette Soubirous (1844-1879) é antiga e profunda, e traduziu-se no oferecimento que lhe fez o bispo de Tarbes-Lourdes de ser o director do gabinete de imprensa do santuário.

Mas é algo mais que uma devoção pessoal. Messori, educado no anticlericalismo, converteu-se ao catolicismo na sua juventude (contou-o no seu livro Porque creio) e toda a sua obra ensaística e jornalística baseia-se em dar razão da fé. O seu livro de 1977 Hipóteses sobre Jesus, que vendeu mais de um milhão de exemplares, é precisamente uma aproximação puramente racional à figura do Filho de Deus, analisando o que sabemos e rebatendo as objecções ao que sabemos.

É o mesmo método que utiliza em Bernadette não nos enganou. Messori deixa de lado o fenómeno dos milagres (são 69 os oficialmente reconhecidos pela Igreja) para que ninguém possa esperar prejuízo algum contra eles, e se centra exclusivamente nestas páginas no fenómeno das aparições: as 18 vezes que Bernadette viu em 1858 aquela mulher que acabou identificando-se ("Eu sou a Imaculada Conceição") e com quem falava e ria.

Através de uma exposição detalhada de todos os factos e da atitude das autoridades civis e religiosas perante eles, aborda todas as explicações naturais possíveis, como fizeram os racionalistas do século XIX e continuaram tentando até hoje, chutando contra o ferrão (Hech 9, 1-5): do interesse dos pais em sair da pobreza (não saíram) ou do clero por criar um ponto de captação (o pároco e o bispo foram os primeiros opositores de Bernadette, até ficar convencidos), à consideração da futura santa como uma farsante ou uma alucinada, algo insustentável e incompatível com a abertura que sempre mostrou, depois de ingressar aos 22 anos (oito depois das aparições), num convento afastado de Lourdes onde qualquer um podia ir falar com ela.

Justo nesse convento de Nevers encontra-se o seu corpo, absolutamente incorrupto, apenas visitado em comparação aos milhões de pessoas que passaram por Lourdes no último século e meio.

Messori apresenta o seu estudo sobre Bernadette, canonizada em 1933, como uma mostra palpável da existência da ordem sobrenatural, precisamente porque de tudo quanto sucedeu a documentação é exaustiva e de múltiplas fontes civis e religiosas, e as explicações naturais não se sustém com a razão. Daí que considere estas aparições como um fortíssimo argumento de apologética (a disciplina à qual consagrou todos os seus livros e artigos): segundo a sua reiterada expressão, "se Lourdes é verdade, tudo [a fé, a Igreja, o catolicismo] é verdade".

FICHA TÉCNICA                    COMPRA ONLINE
Título:    Bernadette não nos enganou     Ocio Hispano
Autor:    Vittorio Messori
Editora:  LibrosLibres
Páginas: 301 páginas
Preço:     20,00 €

Cena da primeira aparição em A canção de Bernadette (1943), de Henry King


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