Hollande: "a paz pressupõe que todos os direitos sejam respeitados". O patriarca Fouad Twal pede a colaboração da França para conseguir uma solução duradoura para os cristãos na Terra Santa
Madrid, 19 de Novembro de 2013
O Presidente da República francesa, François Hollande,
reuniu-se nesta manhã com os líderes religiosos cristãos em Jerusalém. O
presidente francês começou seu segundo dia na Terra Santa, com uma
reunião na Igreja Cruzados de Santa Ana, assistida por membros das
várias comunidades cristãs (católicos, protestantes e ortodoxos).
Em seu breve discurso, Hollande enviou uma "mensagem de paz: porque
a paz pressupõe que todos os direitos sejam respeitados, os direitos
dos palestinos e dos israelenses" e reiterou que "Jerusalém deve ser a
capital dos dois estados, se as negociações forem bem sucedidas".
Conforme relatado pelo Patriarcado latino de Jerusalém, sua beatitude
Fouad Twal recordou aos presentes que Jerusalém deve manter sua
identidade, cristã, e que o acesso aos Lugares Santos deve ser garantido
a todos os seguidores de Jesus. Também agradeceu ao presidente francês
pela “bondade de os ter encontrado e ouvido", porque "muitos políticos
passam por Jerusalém, sem pensar na presença de líderes cristãos e
religiosos que ali vivem”. “Existem líderes religiosos que não querem a
paz", lamentou. "Mas os políticos não podem conseguir a paz sem os
líderes religiosos, sem a dimensão espiritual", destacou.
Por fim, o patriarca latino de Jerusalém pediu a cooperação e a ajuda
da França, para que as instituições cristãs possam sobreviver na Terra
Santa. E, dada a "amizade" que o país tem com Israel, sua beatitude
Fouad Twal, mais uma vez, afirmou sua intercessão pela paz e pela
justiça. "Se a França pudesse investir no conflito israel-palestiniano,
10 ou 5% do que se gasta actualmente para mudar a situação na Síria,
poderíamos conseguir uma solução duradoura", concluiu.
Em conferência de imprensa ontem, com Shimon Peres, o presidente
François Hollande disse que espera "acções" por parte de Israel com
relação aos assentamentos nos territórios ocupados para assim colaborar
no processo de paz. “Os gestos por parte de Israel começaram a
acontecer: a libertação de prisioneiros", mas "outros são esperados",
disse ele. Hollande disse também que, hoje em Ramallah, iria pedir ao
presidente palestino, Mahmoud Abbas, as “acções” que espera "por parte da
Palestina”.
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