A posição da Igreja não é discriminatória; defende o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos menores. A adopção é uma medida de protecção à criança e não um direito de quem adopta
Madrid, 19 de Novembro de 2013
Nos próximos dias, o Supremo Tribunal da Colômbia deve
decidir em favor de um casal de mulheres do departamento de Antioquia
que, desde 2009, exige a autorização para adoptar o filho biológico de
uma delas, concebido por meio de inseminação artificial. Em tal
circunstância, a Conferência Episcopal da Colômbia, mais uma vez
manifestou a sua oposição à adopção por casais do mesmo sexo.
Em comunicado divulgado segunda-feira, os bispos reiteraram que o
posicionamento não reflecte uma atitude discriminatória, mas a defesa do
"desenvolvimento físico, psicológico e moral dos menores". "Precisamos
mostrar que a Igreja Católica na Colômbia está profundamente interessada
em que sejam reconhecidos e protegidos os direitos legítimos de todos
os cidadãos, sem discriminação" -afirmaram-. "Com amor materno –
continuam- a Igreja acolhe todos os homens e mulheres, em qualquer
condição, conscientes de que, independentemente de sua orientação e até
mesmo do comportamento sexual, todos gozam da mesma dignidade perante
Deus e perante o Estado".
Sendo assim, os bispos recordaram que a adopção é uma medida de
protecção à criança e não um direito dos adoptantes, "sejam eles
homossexuais ou não". Eles também fizeram notar que os menores têm
direito a uma família "fundada no amor e no compromisso entre um homem e
uma mulher", conforme reconhecido no artigo 42 da Constituição. "Esse é
um dever inescusável- destacaram- que as instituições estatais devem
assumir com responsabilidade e independência frente a crescente
influência da ideologia do género e as pressões de alguns meios de
comunicação e grupos de interesse." E alertaram que, estas devem também
reconhecer os “valores éticos e sociais de seus cidadãos".
Neste sentido, o episcopado indicou ao Tribunal que, antes de tomar
uma decisão tão importante, "é necessário que se tenha presente e seja
valorizado o fato de que a grande maioria dos colombianos têm
manifestado oposição à adoção de crianças por casais do mesmo sexo.”
Finalmente, a Igreja na Colômbia espera que os juízes "tomem uma
decisão em plena conformidade com os valores dos cidadãos e
constitucionais." E exortou aos fiéis e cidadãos a permanecerem
"vigilantes e atentos" perante tais circunstâncias.
Informações: http://www.cec.org.co/images/Documentos/Comunicados_obispos/2013_Comunicado_sobre_adpcion_de_menores.pdf
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