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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Colômbia: bispos reiteraram oposição à adopção por casais do mesmo sexo

A posição da Igreja não é discriminatória; defende o desenvolvimento físico, psicológico e moral dos menores. A adopção é uma medida de protecção à criança e não um direito de quem adopta


Madrid, 19 de Novembro de 2013


Nos próximos dias, o Supremo Tribunal da Colômbia deve decidir em favor de um casal de mulheres do departamento de Antioquia que, desde 2009, exige a autorização para adoptar o filho biológico de uma delas, concebido por meio de inseminação artificial. Em tal circunstância, a Conferência Episcopal da Colômbia, mais uma vez manifestou a sua oposição à adopção por casais do mesmo sexo.

Em comunicado divulgado segunda-feira, os bispos reiteraram que o posicionamento não reflecte uma atitude discriminatória, mas a defesa do "desenvolvimento físico, psicológico e moral dos menores". "Precisamos mostrar que a Igreja Católica na Colômbia está profundamente interessada em que sejam reconhecidos e protegidos os direitos legítimos de todos os cidadãos, sem discriminação" -afirmaram-.  "Com amor materno – continuam- a Igreja acolhe todos os homens e mulheres, em qualquer condição, conscientes de que, independentemente de sua orientação e até mesmo do comportamento sexual, todos gozam da mesma dignidade perante Deus e perante o Estado".

Sendo assim, os bispos recordaram que a adopção é uma medida de protecção à criança e não um direito dos adoptantes, "sejam eles homossexuais ou não". Eles também fizeram notar que os menores têm direito a uma família "fundada no amor e no compromisso entre um homem e uma mulher", conforme reconhecido no artigo 42 da Constituição. "Esse é um dever inescusável- destacaram- que as instituições estatais devem assumir com responsabilidade e independência frente a crescente influência da ideologia do género e as pressões de alguns meios de comunicação e grupos de interesse." E alertaram que, estas devem também reconhecer os “valores éticos e sociais de seus cidadãos".

Neste sentido, o episcopado indicou ao Tribunal que, antes de tomar uma decisão tão importante, "é necessário que se tenha presente e seja valorizado o fato de que a grande maioria dos colombianos têm manifestado oposição à adoção de crianças por casais do mesmo sexo.”

Finalmente, a Igreja na Colômbia espera que os juízes "tomem uma decisão em plena conformidade com os valores dos cidadãos e constitucionais." E exortou aos fiéis e cidadãos a permanecerem "vigilantes e atentos" perante tais circunstâncias.



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