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sábado, 3 de agosto de 2013

Feto hidrocefálico é operado e recolocado no ventre materno

O progresso da tecnologia permite agora uma cirurgia com o útero aberto


Roma, 02 de Agosto de 2013


O National Right to Life News publicou uma interessante notícia que vale a pena ser reproduzida.

James Neal Borkowski é uma criança diagnosticada com hidrocefalia no útero da mãe.

Em 2 de Março, uma equipe de cirurgiões do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, fez uma cirurgia em seu cérebro com um procedimento característico "com o útero aberto".

Para um hidrocefálico, um excesso de fluido no cérebro que pode levar à incapacidade grave, até mesmo à morte. Uma operação deste tipo nunca tinha sido realizada em um feto.

A criança nasceu livre daquela condição, dois meses depois da mencionada cirurgia que é apenas o mais recente progresso na área -  em rápida evolução - em cirurgia fetal. "Na evolução da cura em obstetrícia, não se volta atrás agora", disse o dr. Joe Bruner, membro da equipe cirúrgica do feto. "Mais e mais hidrocefálicos foram tratados antes do nascimento e espera-se que mais e mais médicos possam ser formados neste campo".

Bruner e os seus colegas operaram Susan Borkowski de Knoxville, Tennessee, e seu filho, ainda não nascido, quatro semanas após um ultra-som de rotina que levou ao diagnóstico de hidrocefalia. Os pais do pequeno Borkowski encontraram a informação sobre o programa de cirurgia fetal de Vanderbilt na Internet e entraram em contacto com os médicos.

A Comissão de revisão da Universidade tinha recentemente aprovado um plano para tentar tratar a hidrocefalia com cirurgia com o útero aberto e, depois de muitos exames, para assegurar que o feto fosse operável, a operação foi feita na 24ª semana de gestação. De acordo com o que foi anunciado pela Associated Press (AP) durante uma intervenção cirúrgica, que durou uma hora, o Dr. Bruner abriu o útero da Sra. Borkowski, e seu feto tinha sido parcialmente tirado.

O dr. Noel Tulipan tinha colocado um pequeno tubo, chamado de "desvio" no cérebro do recém-nascido, o qual estava ligado a um outro tubo que drenou o fluido em excesso no saco amniótico. O feto tinha sido então removido no útero materno, esperando nascer.

Esta foi a primeira operação para tratar a hidrocefalia com o útero aberto. Em meados dos anos 80, cerca de 40 fetos ainda não nascido com hidrocefalia, tinham sido submetidos a um procedimento em que a desviação foi inserida através do abdómen da mãe no cérebro da criança, disse Bruner.

As operações não foram bem sucedidas porque "o mesmo desvio não estava bem e os exames disponíveis não conseguiam restringir o campo”, explicou Bruner. "Alguns fetos não deviam receber o desvio. Existem muitas causas de hidrocefalia, disse Bruner, e "nem todas melhoram com um desvio."

Após os fracassos das operações dos anos 80, não se tentou mais tratar a hidrocefalia no útero. A tecnologia actual fez progressos tais que os doutores podem determinar os justos candidatos, utilizar um desvio que drena bem o fluido e operar directamente, sobre a criança através de uma cirurgia com o útero aberto.

Em 12 de Maio, o pequeno Neal Borkowski foi dispensado da secção de cesária, com um peso de quase 2 Kg. Como explica AP, os médicos substituíram o desvio original por um outro que deveria continuar a drenar o fluído na sua cavidade abdominal.

Os exames realizados após o nascimento de Neil não mostraram excesso de líquido no cérebro. "O desvio funcionou maravilhosamente bem", disse Bruner.
Os médicos, no entanto, não estão seguros de que Neal possa continuar a desenvolver-se normalmente, porque não se sabe se as deficiências encontradas nos fetos hidrocefálicos sejam causadas por fluido em excesso ou se o excesso é o efeito de um precedente dano ao cérebro.

"A hidrocefalia causa uma ferida no cérebro ou é somente a ponta do iceberg?", pergunta Bruner. "Não o saberemos até que Neal não cresça".

Actualmente, vários nascituros com defeitos congénitos podem ser tratados com cirurgia fetal somente em três lugares nos EUA: Vanderbilt, Children’s Hospital of Philadelphia, e a University of California em São Francisco. Foram tratados espinha bífida, câncer e outras doenças com sucesso crescente. Bruner, no entanto, diz que a média dos pacientes de Vanderbilt viaja umas 1.500 milhas para chegar ao Centro, o que é impossível para muitas famílias que necessitam da cirurgia.

"Estamos desenvolvendo directrizes de treinamento para ajudar outros centros a oferecer esses programas", disse Bruner.

O pequeno Borkowski é Um de nós. Para desenvolver a tecnologia, ajudar a medicina, a fim de que se possa curar também durante a vida pré-natal.



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