O progresso da tecnologia permite agora uma cirurgia com o útero aberto
Roma, 02 de Agosto de 2013
O National Right to Life News publicou uma interessante notícia que vale a pena ser reproduzida.
James Neal Borkowski é uma criança diagnosticada com hidrocefalia no útero da mãe.
Em 2 de Março, uma equipe de cirurgiões do Centro Médico da
Universidade de Vanderbilt, em Nashville, Tennessee, fez uma cirurgia em
seu cérebro com um procedimento característico "com o útero aberto".
Para um hidrocefálico, um excesso de fluido no cérebro que pode levar
à incapacidade grave, até mesmo à morte. Uma operação deste tipo nunca
tinha sido realizada em um feto.
A criança nasceu livre daquela condição, dois meses depois da
mencionada cirurgia que é apenas o mais recente progresso na área - em
rápida evolução - em cirurgia fetal. "Na evolução da cura em
obstetrícia, não se volta atrás agora", disse o dr. Joe Bruner, membro
da equipe cirúrgica do feto. "Mais e mais hidrocefálicos foram tratados
antes do nascimento e espera-se que mais e mais médicos possam ser
formados neste campo".
Bruner e os seus colegas operaram Susan Borkowski de Knoxville,
Tennessee, e seu filho, ainda não nascido, quatro semanas após um
ultra-som de rotina que levou ao diagnóstico de hidrocefalia. Os pais do
pequeno Borkowski encontraram a informação sobre o programa de cirurgia
fetal de Vanderbilt na Internet e entraram em contacto com os médicos.
A Comissão de revisão da Universidade tinha recentemente aprovado um
plano para tentar tratar a hidrocefalia com cirurgia com o útero aberto
e, depois de muitos exames, para assegurar que o feto fosse operável, a
operação foi feita na 24ª semana de gestação. De acordo com o que foi
anunciado pela Associated Press (AP) durante uma intervenção cirúrgica,
que durou uma hora, o Dr. Bruner abriu o útero da Sra. Borkowski, e seu
feto tinha sido parcialmente tirado.
O dr. Noel Tulipan tinha colocado um pequeno tubo, chamado de
"desvio" no cérebro do recém-nascido, o qual estava ligado a um outro
tubo que drenou o fluido em excesso no saco amniótico. O feto tinha sido
então removido no útero materno, esperando nascer.
Esta foi a primeira operação para tratar a hidrocefalia com o útero
aberto. Em meados dos anos 80, cerca de 40 fetos ainda não nascido com
hidrocefalia, tinham sido submetidos a um procedimento em que a
desviação foi inserida através do abdómen da mãe no cérebro da criança,
disse Bruner.
As operações não foram bem sucedidas porque "o mesmo desvio não
estava bem e os exames disponíveis não conseguiam restringir o campo”,
explicou Bruner. "Alguns fetos não deviam receber o desvio. Existem
muitas causas de hidrocefalia, disse Bruner, e "nem todas melhoram com
um desvio."
Após os fracassos das operações dos anos 80, não se tentou mais
tratar a hidrocefalia no útero. A tecnologia actual fez progressos tais
que os doutores podem determinar os justos candidatos, utilizar um
desvio que drena bem o fluido e operar directamente, sobre a criança
através de uma cirurgia com o útero aberto.
Em 12 de Maio, o pequeno Neal Borkowski foi dispensado da secção de
cesária, com um peso de quase 2 Kg. Como explica AP, os médicos substituíram o desvio original por um outro que deveria continuar a
drenar o fluído na sua cavidade abdominal.
Os exames realizados após o nascimento de Neil não mostraram excesso
de líquido no cérebro. "O desvio funcionou maravilhosamente bem", disse
Bruner.
Os médicos, no entanto, não estão seguros de que Neal possa continuar
a desenvolver-se normalmente, porque não se sabe se as deficiências
encontradas nos fetos hidrocefálicos sejam causadas por fluido em
excesso ou se o excesso é o efeito de um precedente dano ao cérebro.
"A hidrocefalia causa uma ferida no cérebro ou é somente a ponta do
iceberg?", pergunta Bruner. "Não o saberemos até que Neal não cresça".
Actualmente, vários nascituros com defeitos congénitos podem ser
tratados com cirurgia fetal somente em três lugares nos EUA: Vanderbilt,
Children’s Hospital of Philadelphia, e a University of California em
São Francisco. Foram tratados espinha bífida, câncer e outras doenças
com sucesso crescente. Bruner, no entanto, diz que a média dos pacientes
de Vanderbilt viaja umas 1.500 milhas para chegar ao Centro, o que é
impossível para muitas famílias que necessitam da cirurgia.
"Estamos desenvolvendo directrizes de treinamento para ajudar outros centros a oferecer esses programas", disse Bruner.
O pequeno Borkowski é Um de nós. Para desenvolver a tecnologia, ajudar a medicina, a fim de que se possa curar também durante a vida pré-natal.
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