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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Debora Caprioglio, transformada pela espiritualidade da Opus Dei

A actriz italiana mudou ao casar-se

Depois de anos interpretando papéis de cariz erótico, o seu matrimónio pela Igreja obrigou-a a uma preparação que deu uma volta à sua vida.

Actualizado 18 de Novembro de 2012

C.L. / ReL



Debora Caprioglio.
Há dois anos Debora Caprioglio deu a surpresa como grande contratação de um partido católico como a Aliança do Centro. A exuberante actriz italiana, musa do erotómano Tinto Brass, que a descobriu para o cinema em Os bordéis de Paprika (1991), e ex-concorrente em 2007 de A ilha dos famosos, confessava além disso a sua fé.

E voltou a fazê-lo este sábado no diário dos bispos italianos, L´Avvenire, de forma muito mais explícita, dando a conhecer circunstâncias e influências no seu retorno, se não à fé, sim à vida cristã.

O matrimónio e a Opus Dei
Um retorno que arrancou com o seu matrimónio, em 2008, com o actor e director Angelo Maresca: "Éramos dois solteiros convencidos... Mas nos casámos pela Igreja. Aí começou tudo", explica Debora, que cumpriu em Maio 44 anos: "O amor é capaz de derrubar todos os muros e fazer-nos começar de novo. É o que me sucedeu a mim".

O seu regresso veio através da espiritualidade da Opus Dei: "O pároco de São Salvador em Lauro, em Roma, remeteu-nos a Don Antonio Pinzello, sacerdote da Opus Dei, que nos preparou para o casamento mediante um itinerário não só espiritual, mas também cultural. Não foi um relâmpago, mas sim uma progressiva reaproximação à prática religiosa, da qual me havia afastado ainda sem deixar de ser sempre católica".

O primeiro que mudou foi a sua orientação profissional. Deixou de ser a actriz fetiche de Brass, porque "não se pode ser famoso só pelo físico. Dentro de cada ser humano há muito mais. Devemos trabalhar e acrescentar os nossos talentos". Foi assim como começou a trabalhar algo mais que a sua escultural figura, para melhorar retórica e dicção, e a seleccionar papéis para não aceitar "coisas discutíveis".

Agradecer, não só pedir

Em Debora mudou além disso "a forma de relacionar-me com Deus e com as pessoas. Antes só pedia, agora sou capaz de agradecer quanto recebi e de pensar nas necessidades dos demais. A vida matrimonial completou esse percurso, e a espiritualidade própria da Opus Dei (a santificação pelo trabalho) ensinou-me a conjugar fé e trabalho, algo que noutras etapas da minha vida considerava totalmente separadas".

Actualmente está interpretando na RAI-1 a telenovela Questo nostro amore [Nosso amor], e ainda que há nela elementos que poderiam destoar da visão católica sobre a família, Debora pede para esperar pelo último capítulo para julgar. Enquanto, afirma que, entre os papéis que gostaria de interpretar "poderia estar, porque não, a vida de alguma santa".


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