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sábado, 30 de outubro de 2021

De olhos em Glasgow

Os olhares viram-se para Glasgow, com o aproximar da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) vai reunir mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos, entre 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

Não estando prevista a sua presença no encontro, (uma delegação liderada pelo cardeal Pietro Parolin vai estar em Glasgow), o Papa lançou um apelo a respostas urgentes para a crise climática, falando numa “ameaça sem precedentes” para o futuro da humanidade.

 “Os decisores políticos que vão tomar parte na COP26 de Glasgow são chamados, com urgência, a oferecer respostas eficazes para a crise ecológica que vivemos e, desta forma, dar esperança concreta às gerações futuras”, disse Francisco, na rubrica ‘Thougt for the Day’ (pensamento para o dia) da emissora britânica.

A intervenção destacou que é possível superar os desafios das alterações climáticas, dado que “a humanidade nunca teve tantos meios para atingir esse objetivo como hoje”.

“Todos nós – é bom repeti-lo, quem quer que sejamos e onde quer que estejamos – podemos ter um papel para modificar a nossa resposta coletiva à ameaça sem precedentes das mudanças climáticas e da degradação da nossa casa comum”, declarou.

Em Portugal são vários os organismos que estão a acompanhar este encontro: A ‘Oikos – Cooperação e Desenvolvimento’ vai representar a Plataforma Portuguesa das ONGD na COP26, para pedir resultados “concretos, práticos e eficazes”.

"Apesar de em Paris, 192 países terem assumido compromissos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, uma análise mais recente das NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas) revela que não estamos no bom caminho. Em 2030, estaremos com emissões 16,2% superiores aos valores de 2010. Estamos a afastar-nos da meta do aumento da temperatura global de 1,5ºC em 2100, aliás estamos a caminho de um catastrófico aumento de 2,7º”.

“Uma COP26 produtiva significará um realinhamento global com as necessidades da humanidade e do planeta… Uma COP26 não produtiva e é melhor começarmos a fazer como os bilionários e a olhar com outros olhos para outros planetas”, alertou ainda a organização, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) fez um apelo para que as celebrações religiosas no dia 31 de outubro possam ter uma intenção que acompanhe a Cimeira do Clima, ou um “toque de sinos” manifestando, desta forma, a “importância e oportunidade da COP26”, enquanto lugar que vai reunir “mais de 30 000 representantes e líderes mundiais, incluindo religiosos”, numa discussão sobre as alterações climáticas e reconhecendo que “a oração opera e certamente suscitará através da força criadora do Espírito Santo, novas ações para a salvaguarda da Criação, a nossa Irmã e Mãe Terra, Casa Comum”.

A Associação ‘Casa Velha – Ecologia e Espiritualidade’, em Ourém, vai rezar o Terço pela COP26 com o Santuário de Fátima, nos dias 10 e 26 de novembro, às 18h30, na Capelinha das Aparições, entre outras iniciativas, anunciou.

Nos dias 5 e 6 de novembro vai ser realizada uma vigília global de 24 horas pelo clima e a ‘Casa Comum’ adianta que em Portugal também se vão associar à iniciativa que tem epicentro na cidade escocesa: Está previsto realizar-se no CUPAV, o centro universitário dos Jesuítas em Lisboa, e estão a definir se vai ser uma oração ou uma vigília pela noite.

O dia de ações mundiais por justiça climática, pela COP26, está marcado para o primeiro sábado do próximo mês, 6 de novembro: Em Lisboa vai realizar-se uma caminhada, que começa na Praça Martim Moniz, a partir das 15h00.

A caminho de Glasgow, o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, fez escala em Roma para a reunião do G20 (grupo formado pelos países mais ricos e pela União Europeia) encontrou-se com o Papa Francisco, durante cerca de 75 minutos, com o objetivo de debater resposta a crises globais como a pandemia ou as alterações climáticas.

A sala de imprensa da Santa Sé refere, em comunicado oficial, que as “cordiais” conversas desta tarde se centraram “no compromisso comum com a proteção e cuidado do planeta, a situação sanitária e a luta contra a pandemia de Covid-19, bem como a questão dos refugiados e a assistência aos migrantes”, tendo os responsáveis feito referência à proteção dos direitos humanos, “incluindo o direito à liberdade de religião e de consciência”.

“As conversações permitiram uma troca de pontos de vista sobre algumas questões da atualidade internacional, também no contexto da próxima cimeira do G20 em Roma, e a promoção da paz mundial por meio de negociações políticas”, acrescenta a nota.

Ainda do Vaticano chegou a notícia de que a fase diocesana do processo sinodal iniciado este mês vai ser prolongada até 15 de agosto de 2022, permitindo mais quatro meses de auscultação e mobilização das comunidades locais.

A decisão, comunicada pela Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, alarga o prazo para a apresentação das sínteses das consultas das Conferências Episcopais, das Igrejas Orientais Católicas e de outros organismos eclesiais.

Por cá, os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude já se encontram em Portugal para uma viagem de dois anos que vai culminar em agosto de 2023.

A peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pelas dioceses de Espanha terminou ontem, e a passagem da Cruz e do ícone de Maria para a Diocese do Algarve aconteceu no rio Guadiana.

“A presença dos símbolos nas dioceses espanholas criou entre os jovens um ambiente de expectativa, ilusão e esperança, necessárias depois de tudo o que vivemos nesta pandemia”, disse o diretor da Subcomissão de Jovens e Crianças, da Conferência Episcopal Espanhola, o padre Raúl Tinajero, em declarações divulgadas pela Diocese Huelva.

Mas há mais para ver, ler e ouvir em agencia.ecclesia.pt

Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente fim-de-semana! Apesar de ser com chuva, há muitas outras coisas para descobrir e fazer!

Lígia Silveira

 


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