Os
olhares viram-se para Glasgow, com o aproximar da 26.ª Conferência das Partes
da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26) vai
reunir mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e
decisores públicos, entre 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, para
atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com
efeito de estufa até 2030. Não estando prevista
a sua presença no encontro, (uma delegação liderada
pelo cardeal Pietro Parolin vai estar em Glasgow), o Papa lançou
um apelo a respostas urgentes para a crise climática, falando numa “ameaça
sem precedentes” para o futuro da humanidade. “Os decisores
políticos que vão tomar parte na COP26 de Glasgow são chamados, com urgência,
a oferecer respostas eficazes para a crise ecológica que vivemos e, desta
forma, dar esperança concreta às gerações futuras”, disse Francisco, na
rubrica ‘Thougt for the Day’ (pensamento para o dia) da emissora britânica. A intervenção
destacou que é possível superar os desafios das alterações climáticas, dado
que “a humanidade nunca teve tantos meios para atingir esse objetivo como
hoje”. “Todos nós – é bom repeti-lo, quem quer que sejamos e onde quer
que estejamos – podemos ter um papel para modificar a nossa resposta coletiva
à ameaça sem precedentes das mudanças climáticas e da degradação da nossa
casa comum”, declarou. Em Portugal são
vários os organismos que estão a acompanhar este encontro: A ‘Oikos –
Cooperação e Desenvolvimento’ vai representar a Plataforma Portuguesa das
ONGD na COP26, para pedir resultados “concretos, práticos e eficazes”. "Apesar de em Paris, 192 países terem assumido compromissos
para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, uma análise mais
recente das NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas) revela que não
estamos no bom caminho. Em 2030, estaremos com emissões 16,2% superiores aos
valores de 2010. Estamos a afastar-nos da meta do aumento da temperatura
global de 1,5ºC em 2100, aliás estamos a caminho de um catastrófico aumento
de 2,7º”. “Uma COP26 produtiva
significará um realinhamento global com as necessidades da humanidade e do
planeta… Uma COP26 não produtiva e é melhor começarmos a fazer como os
bilionários e a olhar com outros olhos para outros planetas”, alertou ainda a
organização, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA. O Conselho Português
de Igrejas Cristãs (COPIC) fez um apelo para que as celebrações religiosas no
dia 31 de outubro possam ter uma intenção que acompanhe a Cimeira do Clima,
ou um “toque de sinos” manifestando, desta forma, a “importância e
oportunidade da COP26”, enquanto lugar que vai reunir “mais de 30 000
representantes e líderes mundiais, incluindo religiosos”, numa discussão
sobre as alterações climáticas e reconhecendo que “a oração opera e
certamente suscitará através da força criadora do Espírito Santo, novas ações
para a salvaguarda da Criação, a nossa Irmã e Mãe Terra, Casa Comum”. A Associação ‘Casa
Velha – Ecologia e Espiritualidade’, em Ourém, vai rezar o Terço pela
COP26 com o Santuário de Fátima, nos dias 10 e 26 de novembro, às 18h30, na
Capelinha das Aparições, entre outras iniciativas, anunciou. Nos dias 5 e 6 de
novembro vai ser realizada uma vigília global de 24 horas pelo clima e a
‘Casa Comum’ adianta que em Portugal também se vão associar à iniciativa que
tem epicentro na cidade escocesa: Está previsto realizar-se no CUPAV, o
centro universitário dos Jesuítas em Lisboa, e estão a definir se vai ser uma
oração ou uma vigília pela noite. O dia de ações
mundiais por justiça climática, pela COP26, está marcado para o primeiro
sábado do próximo mês, 6 de novembro: Em Lisboa vai realizar-se uma
caminhada, que começa na Praça Martim Moniz, a partir das 15h00. A caminho de Glasgow, o presidente dos Estados Unidos da
América, Joe Biden, fez
escala em Roma para a reunião do G20 (grupo formado pelos países mais ricos e
pela União Europeia) encontrou-se com o Papa Francisco, durante cerca de 75
minutos, com o objetivo de debater resposta a crises globais como a pandemia
ou as alterações climáticas. A sala de imprensa da
Santa Sé refere, em comunicado oficial, que as “cordiais” conversas desta
tarde se centraram “no compromisso comum com a proteção e cuidado do planeta,
a situação sanitária e a luta contra a pandemia de Covid-19, bem como a
questão dos refugiados e a assistência aos migrantes”, tendo os responsáveis
feito referência à proteção dos direitos humanos, “incluindo o direito à
liberdade de religião e de consciência”. “As conversações permitiram uma troca de pontos de vista sobre
algumas questões da atualidade internacional, também no contexto da próxima
cimeira do G20 em Roma, e a promoção da paz mundial por meio de negociações
políticas”, acrescenta a nota. Ainda do Vaticano
chegou a notícia de que a fase diocesana do processo sinodal iniciado este
mês vai ser prolongada
até 15 de agosto de 2022, permitindo mais quatro meses de auscultação e
mobilização das comunidades locais. A decisão, comunicada
pela Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, alarga o prazo para a
apresentação das sínteses das consultas das Conferências Episcopais, das
Igrejas Orientais Católicas e de outros organismos eclesiais. Por cá, os símbolos
das Jornadas Mundiais da Juventude já se encontram
em Portugal para uma viagem de dois anos que vai culminar em agosto de 2023. A peregrinação dos
símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pelas dioceses de Espanha
terminou ontem, e a passagem da Cruz e do ícone de Maria para a Diocese do
Algarve aconteceu no rio Guadiana. “A presença dos
símbolos nas dioceses espanholas criou entre os jovens um ambiente de
expectativa, ilusão e esperança, necessárias depois de tudo o que vivemos
nesta pandemia”, disse o diretor da Subcomissão de Jovens e Crianças, da
Conferência Episcopal Espanhola, o padre Raúl Tinajero, em declarações
divulgadas pela Diocese Huelva. Mas há mais para ver,
ler e ouvir em agencia.ecclesia.pt Encontramo-nos lá? Tenha um excelente
fim-de-semana! Apesar de ser com chuva, há muitas outras coisas para
descobrir e fazer! |
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