«Hoje, na esteira do Vaticano II, é pela sinodalidade, pelo caminhar juntos, que a Igreja se define e atua» – D. João Marcos
Beja, 26 out 2021 (Ecclesia) – O bispo de Beja presidiu este domingo à solenidade de São Sisenando, padroeiro dos diáconos permanentes da diocese, destacando a importância do compromisso de todos para superar os problemas nas comunidades católicas.
“Não nos deixemos seduzir pela curta eficácia do velho clericalismo, habituado a tudo decidir e a tudo controlar. Hoje, na esteira do Vaticano II, é pela sinodalidade, pelo caminhar juntos, que a Igreja se define e atua”, disse D. João Marcos, numa homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA.
Na Solenidade de São Sisenando, também padroeiro da cidade de Beja, o bispo incentivou todos a abrir as “portas de solução com os diáconos e outros ministérios”, se surgirem problemas concretos.
D. João Marcos lembrou que os primeiros diáconos não ficaram “prisioneiros do serviço das mesas”, a oração e o ministério da Palavra “fazem parte da vida dos diáconos e de qualquer cristão”, destacando o exemplo do diácono Sisenando, que nasceu em Beja e foi preso e morto por anunciar o Evangelho, em Córdova, na região da Andaluzia (Espanha), a 16 de julho de 851, no século IX.
“É na oração, caros diáconos, que também vós cultivareis a vossa diaconia, o vosso serviço de amor aos irmãos, como tradução do amor a Cristo Nosso Senhor. No ministério da Palavra experimentais certamente, que Cristo Ressuscitado está vivo e atua por meio de vós, suscitando e cultivando a fé naqueles que vos ouvem”, acrescentou.
No início de um biénio vocacional nas três dioceses do sul de Portugal – Beja, Évora e Algarve -, D. João Marcos pediu a São Sisenando que alcance para estas Igrejas “a abundância de vocações sacerdotais, religiosas e missionárias” que possam lavrar e cultivar de novo, “pela oração e pelo ministério da Palavra, as terras do Baixo Alentejo, do Alentejo Litoral e da margem esquerda do Guadiana”.
Numa informação enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Beja, antecipando a liturgia do próximo domingo, o XXXI do Tempo Comum, recorda que o Programa Pastoral Diocesano 2021-2022 convida a “viver a caridade”, não apenas como expressão de solidariedade, mas “como testemunho da vida divina que Jesus, pelo seu Espírito, manda praticar”.
“Trata-se de pormos em prática as formas de pré-evangelização que preparam o mundo para escutar o anúncio do Evangelho. Porque só o amor é digno de fé, porque também o amor se propaga pela pregação, somos convidados a viver centrados no amor: Nas famílias, no trabalho, na escola, na paróquia, nos centros sociais, nos hospitais, o amor a Deus e ao próximo há de ser o motor do nosso agir”, desenvolveu.
CB/OC
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