O maior tesouro que os pais podem transmitir aos seus filhos é a fé. A fé dá um sentido para a vida. A vida cristã sincera liberta da amargura de uma existência sem Deus.
«Que atitudes da parte dos pais ajudam a transmitir a fé aos filhos?». Eis uma pergunta frequente sobre a qual vale a pena reflectir.
Cristian Smith sugere num artigo publicado em First Things algumas ideias muito interessantes sobre este assunto. Smith é sociólogo e professor na Universidade de Notre Dame e há vários anos que se dedica a estudar a transmissão da fé nas famílias norte-americanas.
A grande notícia, explica Smith, é que entre todos os factores que exercem alguma influência na vida religiosa dos filhos o maior de todos são sem dúvida nenhuma os próprios pais.
Não é que ir à catequese à paróquia ou estudar num colégio católico não ajude e tenha grande importância. No entanto, essa importância só pode reforçar a dos pais e nunca a pode substituir.
Isso não significa que praticar a fé na família garanta totalmente uma transmissão com êxito. Viver a fé é sempre uma decisão pessoal que ninguém pode tomar por nós.
No entanto, fora os casos excepcionais, o que é seguro é que se os pais estão comprometidos com a fé é muitíssimo mais provável que o mesmo aconteça com os seus filhos.
Em qualquer caso, o melhor modo de conseguir que no dia de amanhã os filhos não se afastem da religião é, segundo Smith, que os pais «sejam sinceros, que acreditem e pratiquem a fé de modo comprometido e fiel».
As crianças não se deixam enganar pelas aparências: veem a realidade! E quando a realidade é autêntica e vivificante sentem-se atraídas por ela.
Ser um bom cristão pode ser exigente, mas nunca é opressivo; é sempre libertador. E é, além disso, profundamente atraente!
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
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