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domingo, 18 de abril de 2021

Esse outro

Uma palavra neste dia para o mundo que nos circunda mas que não vemos, ignoramos, optamos por esquecer, para proteção ou por negligência.

Três notícias que hoje lhe proponho que ajudam a ganhar consciência sobre o outro, tão diferente e tão próximo, da minha história, mas que continua a ser um outro, numa geografia ou contexto diverso.


A catástrofe humanitária a acontecer em Moçambique, em Cabo Delgado, que está a acolher refugiados vindos que outras províncias, fugidos dos ataques a aldeias que procuram queimar casas, matar, violar e sequestrar civis.

A ONGD Helpo está no terreno e conversou com a Ecclesia sobre o trabalho em que acreditam poderá ajudar a manter crianças a estudar e a ultrapassar os dramas e traumas atrás dos sorrisos que os mais novos abrem. Uma tragédia que os bispos de Moçambique acompanham e denunciam.

A situação de, diria eu, crime humanitário, a acontecer no Brasil e que os bispos daquele país sul-americano, denunciam no término da sua assembleia geral.

Um país com uma grave crise sanitária, económica, ética, social e política, onde a Igreja apela a uma unidade com todas as forças para um que a “competência e lucidez” orientem a vida daquele povo.

“Na sociedade civil, os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como «direito de todos e dever do Estado». Isso exige competência e lucidez. São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito”, escreveram, os bispos numa mensagem dirigida ao povo brasileiro.

E nos dias antecedentes que nos levam ao aniversário do 25 de abril, o relato de Luiza Saresfield de Cabral, mulher ativista, que esteve presa em Caxias, entre novembro de 1973 e março de 1974, por ter ajudado na luta contra o fascismo.

Se os relatos em viva voz dos protagonistas se vão perdendo, o exercício de manter a memória é fundamental para saber o que queremos, como sociedade, e procurarmos valores fundantes para a vida singular, no respeito e no diálogo.

Mas há mais para ler, ver e ouvir, como sempre no portal de notícias da agência Ecclesia. Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente domingo!

Lígia Silveira


www.agencia.ecclesia.pt

      



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