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domingo, 21 de fevereiro de 2021

S. José, meu Pai e Senhor

É uma tradição muito antiga na Igreja viver os Sete Domingos de S. José; este ano o primeiro foi no dia 31 de Janeiro e o último será no dia 14 de Março, domingo anterior à festa deste santo que se celebra dia 19 de Março. Costuma-se meditar nas dores e gozos de S. José.

A propósito, lembrei-me de uma história passada com um dos pastores das cercanias de Belém, que foram avisados pelos anjos para irem adorar o Menino Jesus acabado de nascer. Este pastor foi um pouco contrariado e nem levou nada para oferecer, como era costume deste povo e da época. A vida não lhe corria bem, estava triste, desanimado, nem entrou na gruta e escondido atrás de uma grande pedra olhava as estrelas, quando sentiu que alguém lhe tocava no ombro; virou-se e deparou com um homem que se identificou como o Pai do Menino que acabara de nascer e lhe disse chamar-se José. Disse ainda ao pastor que reparara que ele não tinha entrado para ver o Recém-Nascido e que lhe parecia triste por isso vinha perguntar-lhe o que lhe acontecera. O pastor estupefacto com a preocupação de José contou-lhe toda a sua vida e ficou admirado como ele reparara em si e com tudo o que lhe ouviu:

- Aquele que traz a ovelha ao ombro veio pedir ao meu Filho que a curasse pois estava doente e era a sua companhia e o seu sustento;

- Aquele outro veio a coxear e já está curado da sua enfermidade;

- Aqui não vêm apenas oferecer presentes mas principalmente entregar os seus problemas e as suas dores, pois Ele veio para nos curar de todos os nossos males.

S. José levou o pastor até à manjedoura onde o Menino sorriu, convertendo com o Seu sorriso divinal aquele coração empedernido, que tinha sido encaminhado por S. José.

Como Santa Teresa de Ávila, entreguemos tudo a S. José, principalmente neste ano que o Santo Padre lhe consagrou. Numa das viagens que a santa fazia entre os vários mosteiros, perderam-se e era noite…mas a santa pediu como sempre a S. José e acalmava os companheiros a não desanimar, quando ouviram uma voz que lhes ordenava que voltassem para trás e haveriam de encontrar o bom caminho. Assim fizeram e mais tarde vieram a saber que quando estavam perdidos, um pouco adiante, na rota que seguiam havia um enorme precipício e que se tivessem continuado certamente teriam morrido.

Que S. José nos livre dos precipícios nos nossos caminhos e ajude quem a ele se entregar.

“São José, Pai de Cristo, é também teu Pai e teu Senhor.- Recorre a Ele.”(Pt. 559 de Caminho)

Maria Teresa Conceição
Prof. Universitária Aposentada




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