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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Fraternidade Humana

4 de fevereiro de 2019 entrou para a história do mundo, se assim quisermos encarar o momento partilhado entre o Papa Francisco e o grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, assinaram em Abu Dhabi, o documento sobre a fraternidade humana, para a paz mundial e a convivência comum.

Dois anos depois esta data é assinalada pelo Papa porque também as Nações Unidas instituíram o Dia Internacional da Fraternidade Humana, com vista à promoção do diálogo inter-religioso e intercultural.

Hoje o Papa vai participar num encontro virtual, marcado para as 13h30 de Lisboa, com o grande imã de Al-Azhar, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e outras personalidades, onde vai ser atribuído o Prémio Zayed para a Fraternidade Humana.

“Esta celebração responde ao apelo claro que o Papa Francisco tem vindo a lançar a toda a humanidade para construir um presente de paz no encontro com o outro,” sublinhou o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot MCCJ, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso da Santa Sé.

O padre Peter Stilwell, diretor do Departamento para o Diálogo Ecuménico e Inter-religioso do Patriarcado de Lisboa, e Khalid Sacoor Jamal, dirigente da Comunidade Islâmica de Lisboa, comentaram em conjunto a celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana e a importância da assinatura da declaração católico-islâmica para a paz mundial e a convivência comum, evidenciando a “amizade genuína” entre o Papa e o grande imã de Al-Azhar, e o propósito de valorizar mais o que une as grandes religiões do que as suas divergências, percorrendo o caminho da “fraternidade e da compaixão”.

O padre Peter Stilwell defende que o projeto de “fraternidade humana”, proposto pelo Papa, é ainda mais importante face à pandemia.

Uma análise para acompanhar aqui e ao longo do dia no portal da Agência Ecclesia que lhe trará notícias sobre a entrega do prémio Zayed 2021 a António Guterres e Latifah Ibn Ziaten, fundadora de uma associação para os jovens e a paz.

No Vaticano, na audiência desta quarta-feira, o Papa defendeu a necessidade de participar nas celebrações litúrgicas, em comunidade, para que cada católico se possa considerar verdadeiramente como tal, afirmando que o Cristianismo sem Liturgia é um Cristianismo sem Cristo.

Francisco falou em particular da Missa dominical, sublinhando que a mesma “não pode ser só ouvida”, como se cada um fosse apenas “espectador”, mas que deve ser “sempre celebrada, não só pelo sacerdote que a preside”, insistiu.

Por cá percorremos o trabalho que as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus desenvolvem junto dos doentes, o foco do seu carisma, através do testemunho que esta semana a irmã Laura Neves partilha com o programa Ecclesia, emitido a cada note na antena 1.

Mas há mais para ver, ler e ouvir no portal de informação da Agência Ecclesia. Continuamos a trabalhar para levar até si os conteúdos noticiosos da Igreja católica. Fique em casa, cuide de si e dos outros. E tenha um dia confinado, mas feliz!

Lígia Silveira


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