4 de fevereiro de 2019 entrou para a história do mundo, se
assim quisermos encarar o momento partilhado entre o Papa Francisco e o
grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, assinaram em Abu Dhabi, o documento
sobre a fraternidade humana, para a paz mundial e a convivência comum. Dois anos depois esta data é assinalada
pelo Papa porque também as Nações Unidas instituíram o Dia Internacional da
Fraternidade Humana, com vista à promoção do diálogo inter-religioso e
intercultural. Hoje o Papa vai participar num
encontro virtual, marcado para as 13h30 de Lisboa, com o grande imã de
Al-Azhar, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e
outras personalidades, onde vai ser atribuído o Prémio Zayed para a
Fraternidade Humana. “Esta celebração responde ao
apelo claro que o Papa Francisco tem vindo a lançar a toda a humanidade para construir
um presente de paz no encontro com o outro,” sublinhou o cardeal Miguel Ángel
Ayuso Guixot MCCJ, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo
Inter-religioso da Santa Sé. O padre Peter Stilwell, diretor
do Departamento para o Diálogo Ecuménico e Inter-religioso do Patriarcado de
Lisboa, e Khalid Sacoor Jamal, dirigente da Comunidade Islâmica de Lisboa, comentaram
em conjunto a celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana e a
importância da assinatura da declaração católico-islâmica para a paz mundial
e a convivência comum, evidenciando a “amizade genuína” entre o Papa e o
grande imã de Al-Azhar, e o propósito de valorizar mais o que une as grandes religiões
do que as suas divergências, percorrendo o caminho da “fraternidade e da
compaixão”. O padre Peter Stilwell defende
que o projeto de “fraternidade humana”, proposto pelo Papa, é ainda mais
importante face à pandemia. Uma análise para acompanhar aqui
e ao longo do dia no portal da Agência Ecclesia que lhe trará notícias sobre
a entrega do prémio
Zayed 2021 a António Guterres e Latifah Ibn Ziaten, fundadora de uma
associação para os jovens e a paz. No Vaticano, na audiência desta
quarta-feira, o Papa defendeu a necessidade de participar nas celebrações
litúrgicas, em comunidade, para que cada católico se possa considerar
verdadeiramente como tal, afirmando que o Cristianismo sem Liturgia é um
Cristianismo sem Cristo. Francisco falou em particular da
Missa dominical, sublinhando que a mesma “não pode ser só ouvida”, como se
cada um fosse apenas “espectador”, mas que deve ser “sempre celebrada, não só
pelo sacerdote que a preside”, insistiu. Por cá percorremos o trabalho
que as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus desenvolvem junto dos
doentes, o foco do seu carisma, através do testemunho que esta semana a irmã
Laura Neves partilha com o programa
Ecclesia, emitido a cada note na antena 1. Mas há mais para ver, ler e ouvir
no portal de informação da Agência Ecclesia. Continuamos a trabalhar para
levar até si os conteúdos noticiosos da Igreja católica. Fique em casa, cuide
de si e dos outros. E tenha um dia confinado, mas feliz! |
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Fraternidade Humana
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