O Vaticano reforçou o apoio financeiro ao Barco-Hospital Papa Francisco, a única ajuda com que as comunidades ribeirinhas do oeste do Pará, no Brasil, têm podido contar nas últimas semanas. Isoladas devido à pandemia de coronavírus, muitas famílias não têm como adquirir comida e medicamentos. O hospital fluvial, que tem estado a realizar exames médicos e a distribuir alimentos e produtos de higiene ao longo do rio Amazonas, irá em breve visitar as comunidades indígenas perto da fronteira com o Suriname.
O projeto, inspirado no pedido feito pelo Papa aos frades da Fraternidade de São Francisco de Assis em 2013, no Rio de Janeiro, está a funcionar desde agosto de 2019. Até ao final de maio, já realizara mais de 43 mil atendimentos. Com base na diocese de Óbidos, conta com o apoio financeiro da Igreja Católica e de alguns privados. No mês passado, recebeu um donativo extra de dez mil reais (perto de dois mil euros) do Papa Francisco, avançou o Vatican News.
O bispo de Óbidos, Bernardo Bahlman, diz que neste momento se planeia o atendimento às aldeias indígenas da Missão Tiryó, onde se encontram cerca de 1.300 indígenas. “O vírus já chegou lá e está a espalhar-se, com vários casos já registados, infelizmente”, conta.
Para enfrentar a crise provocada pela pandemia, continuam a ser enviadas ajudas para diversas partes do mundo através do fundo de emergência criado pelo Papa Francisco para as Obras Missionárias Pontifícias. Colômbia, Guiné, Angola, Uganda e Libéria serão os próximos países a receber apoio.
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