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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O Papa presidiu à Missa da Quarta-feira de Cinzas, no início da Quaresma, afirmando que este tempo deve ser de “regresso a Deus”, através da oração e do serviço ao próximo.

“Hoje inclinamos a cabeça para receber as cinzas. No fim da Quaresma, abaixar-nos-emos ainda mais para lavar os pés dos irmãos. A Quaresma é uma descida humilde dentro de nós e rumo aos outros. É compreender que a salvação não é uma escalada para a glória, mas um abaixamento por amor. É fazer-se pequeno”, indicou.

Este tempo novo que se abre, a partir do calendário que a Igreja propõe, apresenta um tempo de 40 dias marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.

“Todos temos doenças espirituais: sozinhos, não podemos curá-las; todos temos vícios arraigados: sozinhos, não podemos extirpá-los; todos temos medos que nos paralisam: sozinhos, não podemos vencê-los. Precisamos de imitar aquele leproso, que voltou para Jesus e se prostrou aos seus pés”, apontou o Papa.

Também por cá este tempo é marcado por mensagens escritas pelos bispos em Portugal, que aos cristãos e, com concretamente, aos diocesanos, valorizam este período como um tempo favorável a uma transformação interior, com consequências comunitárias e sociais.

A Comissão Nacional Justiça e Paz marcou este tempo com um apelo à valorização das pessoas mais velhas, defendendo a necessidade de “inverter o paradigma social”.

“Somos chamados a acolher cada idoso como um presente de Deus que nesta pandemia eleva um grito silencioso, mas angustiante, questiona e exige uma outra resposta, pois não nos falta engenho. Com gratidão pela vida, precisamos de desenhar uma nova proximidade, onde a institucionalização não pode ser resposta única nem primeira”, sustenta a CNJP, na sua mensagem para a Quaresma de 2021.

A Agência ECCLESIA iniciou uma série “Memórias que contam” que tem por objetivo evocar a relevância de percursos de vida que faleceram por causa da Covid-19, nomeadamente os 15 sacerdotes que morreram por causa da pandemia.

A cada dia, pelas 17h, vão ser apresentados percursos de vida por pessoas que conheceram e acompanharam a história de quem faleceu nos últimos meses, destacando traços da personalidades e momentos pessoais que se tornaram relevantes.

Também esta quarta-feira, e todas as quartas-feiras da Quaresma, o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e a Agência ECCLESIA promovem o ciclo de debates “O desafio da (i)Humanidade de grupo” para debater os documentos publicados no contexto da pandemia pela Conferência Episcopal Portuguesa, ”Recomeçar e reconstruir” e “Desafios pastorais da pandemia à Igreja em Portugal”, e os desafios que sugerem para a atualidade.

A primeira sessão contou com D. Armando Esteves Domingues, bispo auxiliar do Porto, que afirmou que a pandemia veio questionar uma noção de “autossuficiência” nas comunidades católicas.

“Tínhamos estruturas para os outros, agora temos de ter estruturas para os outros”, indicou, na sua intervenção, onde destacou também o alargamento do campo de missão mesmo com o confinamento e as igrejas fechadas.

Pedro Vaz Patto, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), foi o outro conferencista convidado, assinalando que existe a “oportunidade de reconstruir a sociedade, sobre novas bases”.

O jurista saudou ainda a “redescoberta do valor da vida humana”, durante a crise sanitária, observando que os sacrifícios do confinamento acontecem “em função de um bem maior”.

Já sabe que há mais para ver, ler e ouvir no portal de informação da Agência Ecclesia. Continuamos do lado de cá para levar até si as informações que marcam a Igreja católica.

Encontramo-nos lá?

Tenha um excelente dia.

Lígia Silveira

 

 


www.agencia.ecclesia.pt

      


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