«Fazer participantes dos nossos dons os irmãos necessitados é uma prática de caridade» – D. João Marcos
“Não sejais indiferentes à situação angustiosa de tantos e tantas que estão passando necessidades, e contribuí também para as vossas comunidades paroquiais que, neste tempo sem celebrações, veem muito reduzidas as somas dos peditórios”, escreve D. João Marcos, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia hoje, com a celebração das Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência.
O bispo de Beja adianta que aquilo que se poupar com o jejum deve ser entregue, “por esmola, aos pobres e necessitados”.
“Dar esmola, fazer participantes dos nossos dons os irmãos necessitados é uma prática de caridade”, acrescenta D. João Marcos, que destinou a renúncia quaresmal deste ano a “ajudar os pobres das paróquias da diocese”.
“Sede generosos”, apela.
Segundo o bispo de Beja, não se deve confundir a caridade cristã com a “virtude humana da solidariedade”, e explica aos diocesanos que é bom serem solidários, estarem “firmes ao lado daqueles que precisam e ajudá-los”.
“Mas a caridade de Cristo, o amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou leva-nos muito mais longe, leva-nos a dar a vida por aqueles que amamos”, acrescenta.
D. João Marcos começa a sua mensagem a lembrar que a pandemia continua a ceifar “milhares de vidas” e muitos daqueles que iniciaram o ano 2021 “já partiram”.
“Materialmente falando, a vida é um tempo situado entre a conceção e a morte. Pode durar alguns dias ou muitos anos, mas começa e acaba. Por isso ela é tão preciosa, por isso o direito à vida é o primeiro de todos os direitos”, desenvolveu.
Neste contexto, refere que o direito a viver implica “todos os outros direitos à alimentação, ao trabalho”, que a Igreja tem repetidamente ensinado e proposto.
CB/OC
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