Páginas

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A Defesa da Vida está nas nossas Mãos

No período em que um grupo de jovens promove uma novena de oração pela vida, por ocasião do 12º aniversário da legalização do aborto é bom refletirmos sobre o porquê destes acontecimentos.

Muitos defendem que Deus não existe pois caso contrário, não existia mal no mundo, não havia dor, catástrofes, etc…. O mal é um mistério, mas quando pensamos na legalização do aborto, percebemos bem que o problema está no péssimo uso que damos, por vezes, à nossa liberdade. Não há dúvida que o nosso país ficou consideravelmente mais pobre a partir do momento em que foi possível cometer tal crime.

Neste momento assiste-se a uma greve nunca vista, não opino sobre a legitimidade das pretensões dos enfermeiros, mas fico perplexa que, sendo profissionais de saúde, cuja vocação é tornar a vida dos pacientes o mais confortável possível, tenham escolhido justamente a cirurgia, como o serviço a fazer greve sabendo que muitos doentes, não estando em risco de vida, necessitam dessa cirurgia para ter uma maior qualidade de vida e que, por vezes sofrem bastante devido ao mal estar da sua doença e, que para serem aliviados tomam medicamentos que não necessitariam se fossem operados.

Estamos admirados? Não devemos estar. É a sociedade hedonista e relativista em que vivemos.  A incessante procura do próprio bem-estar nem que seja à custa dos outros. É o EU a falar continuamente.

Há pouco mais de um ano e meio estivemos à beira de ver aprovada a lei da Eutanásia. Só não foi porque uma grande maioria dos deputados do PSD votou contra apesar da opinião contrária do seu presidente. Aproximam-se várias eleições a primeira das quais para o parlamento europeu. Por vezes pensamos que é lá longe, portanto não vale a pena incomodarmo-nos, mas isso está longe de ser verdade. Cada vez mais assistimos uma maior interferência do Comunidade Europeia nas decisões nacionais. Assim, não podemos deixar assuntos que se relacionam com a vida em mãos de quem não a defende. Ouço muitas pessoas afirmarem que “os políticos são todos iguais” tal é o seu desencanto com o que se passa. Realmente, o exemplo de alguns não abona a favor da política. Mas se não encontramos ninguém há sempre o voto nulo ou então pensemos no chamado “mal menor”.  Se nos anos mais próximos for legislada alguma lei que não se coadune com a nossa condição de cristãos, temos de reflectir se fizemos tudo para que tal não acontecesse, sobretudo, deixar que determinadas ideologias assumam o poder.

Maria Guimarães



Sem comentários:

Enviar um comentário