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sábado, 10 de outubro de 2015

Tunísia: Nobel da Paz mostra que democracia é possível no mundo árabe, diz responsável católico

A Academia Sueca atribuiu prémio de 2015 ao «Quarteto de Diálogo»


Lisboa, 09 out 2015 (Ecclesia) - O diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias da Tunísia, padre Jawad Alamat, saudou hoje a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2015 ao ‘Quarteto de Diálogo’ do país africano.

“A Tunísia demonstra que é possível a democracia no mundo árabe muçulmano”, declarou o responsável, em declarações à Agência Fides, do Vaticano.

A Academia Sueca anunciou esta manhã que atribuiu o Prémio Nobel da Paz de 2015 ao ‘Quarteto de Diálogo para a Tunísia’, uma coligação de organizações da sociedade civil, distinção que pretende ser "um elemento encorajador" para todos os tunisinos e “uma inspiração para todos os que aspiram à democracia na Tunísia, Norte de África e no resto do mundo".

Segundo o padre Jawad Alamat, este prémio é um “reconhecimento e um encorajamento para a democracia tunisina”, que vive as dificuldades da “luta contra o terrorismo e contra a pobreza”.

“É também um sinal forte lançado ao resto do mundo árabe e à própria Europa, porque demonstra que num país árabe, apesar de todos os obstáculos criados pelo terrorismo e pelas condições sociais e económicas, é possível ter um debate pacífico por meio do diálogo e do respeito recíproco”, acrescentou.

O Quarteto, formado no verão de 2013, inclui a União Geral dos Trabalhadores da Tunísia, a Confederação de Indústria, Comércio e Artesanato da Tunísia, a Liga dos Direitos Humanos da Tunísia e a Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia.

Para o Comité Nobel, as quatro instituições criaram um processo político alternativo e pacífico numa altura em que o país estava à beira de uma guerra civil.

OC
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